Ministra da Mulher diz que gestão criou 72 leis em defesa da mulher
Em entrevista ao SBT News, Britto defendeu que sua gestão e governo Bolsonaro é "pró-vida"

SBT News
A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto, ressaltou nesta 6ª feira (26.ago), as 72 leis criadas pelo Ministério em prol das mulheres, em entrevista ao SBT News. Segundo ela, foram mais de R$ 230 bilhões investidos na pasta, mas não soube explicar porque o governo Bolsonaro ainda tem tanta rejeição entre o público feminino. O último Datafolha mostrou que 54% desse público, em todas as faixas de renda, desaprovam o governo.
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"Não sei te falar tecnicamente o que falta, mas estamos abertos para demonstrar com dados a quantidade de mulheres que a gente tem alcançado, ajudado. Por isso, me impressiona tanto tentar colocar nele que é um presidente misógino, porque é um presidente que tem investido muito e tem priorizado a pauta da mulher".
A ministra também disse que não pretende propor mudanças nas leis sobre o aborto, mas avaliou que a sua gestão e o governo Bolsonaro são sim um governo pró-vida: "75% em média dos brasileiros declaram ser contra o aborto, e não é à toa que elegeram um governo pró-vida, e a nossa pauta continua sendo sempre proteger o que a gente reafirma sempre, proteger as duas vidas".
Segundo o último levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 17 milhões de brasileiras sofreram algum tipo de agressão em 2020. Essas vítimas, ainda segundo o levantamento, foram as que mais perderam empregos e fonte de renda. Quando questionada sobre o assunto, a ministra falou que foram criadas, nos últimos anos, mais maneiras dessas vítimas, mulheres e crianças, pedirem ajuda.
"Nós lançamos o canal 180 pelo Whatsapp e também pelo Telegram,e também um aplicativo chamado: Direitos Humanos BR. O nosso objetivo é que os mesmo atendentes do 180 que não são robôs, são atendentes que passam por uma capacitação, uma qualificação que eles pudessem dar uma assistência a essa mulher por uma ligação pelo Whatsapp", afirma a ministra.
Cristiane ressaltou que em parceria das polícias Militar, Civil e da sociedade civil, o governo vem enfrentando o feminicídio, embora não tenha trazido números concretos de redução dessa violência. "O que eu posso te dizer é que o plano foi criado em 2021 e que agora já no final do primeiro semestre a gente observou que o Brasil está entrando numa linha de declínio de feminicídio", diz.
No tema mulheres empreendedoras, trouxe a capacitação como lema do Ministério, que segundo a ministra já atingiu mais de 120 mil brasileiras: "O Qualifica Mulher, agora com parceria do micro crédito da Caixa Econômica, o Banco do Nordeste também entrou nessa parceria, a gente quer trazer autonomia econômica para essas mulheres, 45% das famílias são gerenciadas por mulheres".