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Antes de denúncias, Bolsonaro foi aconselhado a evitar agendas com Guimarães

Avaliação de assessores tinha como base o histórico conhecido do então presidente da Caixa

Antes de denúncias, Bolsonaro foi aconselhado a evitar agendas com Guimarães
Pedro Guimarães e Jair Bolsonaro
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi aconselhado há cerca de um mês por assessores e aliados a não dar mais espaço para o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Pedro Guimarães em agendas e manifestações públicas. O núcleo político do governo, que também colabora com a campanha do presidente, já havia identificado que a conduta do agora ex-dirigente da pasta poderia se tornar sinônimo de problema para Bolsonaro na corrida à reeleição.

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A avaliação tinha como base o histórico conhecido do então presidente do banco estatal. Um processo administrativo instaurado na Caixa Econômica Federal ainda em 2019, quando um motorista foi demitido, era comentado. O motivo da demissão: supostamente ter flagrado o "chefe" em cenas íntimas dentro do carro com uma funcionária no estacionamento em frente à sede da Caixa, em Brasília. A única consequência do processo aberto naquele ano foi o desligamento do subordinado de Guimarães. Além disso, o sindicato dos servidores do banco emitiu pelo menos duas notas nos últimos dois anos relatando problemas sobre a postura que o dirigente adotava com o seus comandandos.  

Bolsonaro resistiu a se distanciar porque avaliou que as denúncias eram resultado de "fogo amigo" e não passavam de fofocas -- as denúncias reveladas pelo site Metrópoles só foram conhecidas com a publicação, garantem assessores. Mas isso mudou depois da revelação que o Ministério Público Federal apura pelo menos oito casos de assédio e que as denúncias são robustas.

O chefe do Executivo também usava a gestão de Guimarães à frente da Caixa para enaltecer os dados positivos dos últimos três anos. Em fevereiro deste ano, o banco público anunciou lucro de mais de R$ 50 bilhões entre 2019 e 2020. O presidente queria usar esses números como um ativo na campanha eleitoral. Isso deve ser mantido, no entanto, como uma ação do governo e não por mérito de Pedro Guimarães.

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