"Não tem mínimo indício de qualquer coisa contra o Ribeiro", diz Bolsonaro
Segundo presidente, ex-ministro da Educação foi preso "injustamente"
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a se posicionar, neste domingo (26.jun), de forma contrária à prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. De acordo com o presidente, o ex-titular do MEC foi preso "injustamente" e, "até o momento não tem o mínimo indício de qualquer coisa contra o ministro Milton".
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As declarações foram dadas em entrevista ao Programa 4 por 4. Milton Ribeiro foi preso na 4ª feira (22.jun) por suspeita de crimes de tráfico de influência e corrupção, na liberação -- intermediada por um "gabinete paralelo" -- de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Na 5ª feira (23.jun), ele foi solto após decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
Segundo o desembargador Ney Bello, responsável pela decisão, "o próprio órgão acusador ofereceu parecer contrário às prisões, o que demonstra claramente a desnecessidade, pois quem poderá oferecer denúncia posterior ou requerer arquivamento acreditou serem desnecessárias e indevidas as detenções". A prisão havia sido determinada pelo juiz federal Renato Borelli, da 15ª Vara de Justiça Federal em Brasília, no âmbito da Operação Acesso Pago, que investiga tráfico de influência de pastores no Ministério da Educação durante a gestão de Ribeiro. O inquérito cita os crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.
Assim em como em sua live de 5ª feira (23.jun), na entrevista deste domingo, porém, Bolsonaro disse que a investigação da Polícia Federal (PF) foi feita a partir de um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) após o próprio Ribeiro acionar esta. "Então o Milton achou que algo estava errado com algumas pessoas que estavam ao seu lado, a forma como era assediado e pediu à CPU que fizesse ali um pente-fino em contratos e observasse a ação dessas pessoas na medida do possível e dentro da legalidade. E logo depois a PF pegou esse relatório feito pela CGU e abriu uma investigação e até que aconteceu o dia D, o dia da prisão do Milton", pontou o presidente.
Ainda de acordo com ele, o Ministério Público foi contra a prisão e "não tinha indícios mínimos ali de corrupção por parte dele". Conforme o chefe do Executivo federal, o objetivo de prender Milton Ribeiro era "constranger, humilhar, dizer que o governo é corrupto, que é igual ao do Lula, essas coisas todas, como abriram lá atrás a CPI [da Pandemia] contra nós".
Bolsonaro afirmou também que dá liberdade a todos os seus ministros para montarem suas equipes nas pastas e lhes alerta de que serão "vigiados pela esquerda" constantemente. Nenhum de seus ministros, em suas palavras, "errou, até porque temos mecanismo de filtros em ministérios que impedem a corrupção".
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