Aliados pedem que Bolsonaro evite polêmicas em eventos oficiais
Ala política quer que presidente ressalte feitos; calendário eleitoral limitará agenda a partir de 2.jul
SBT News
De olho no calendário eleitoral, que vai impor restrições nos eventos do governo a partir de 2 de julho, o presidente Jair Bolsonaro (PL) seguiu as orientações da ala política para não desviar a atenção da solenidade realizada nesta 2ª feira (20.junho) no Palácio do Planalto. O evento destacava medidas para recuperar a aprendizagem na educação básica no país, fortemente impactada durante a pandemia.
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O apelo tem sido para Bolsonaro evitar temas polêmicos quando a agenda permite ressaltar ações que o governo está executando. O entendimento é que, em eventos externos, no contato com seus apoiadores, o presidente fala sobre os temas que mobilizam seus seguidores e consegue ampla repercussão dos assuntos. Foi assim, por exemplo, no fim de semana, ao aumentar o tom contra a política de preços da Petrobras e defender a instalação de uma CPI sobre a estatal. Mas, o espaço para falar dos feitos de sua gestão ficará cada vez mais restrito.
A partir de 2 de julho, a legislação impede, por exemplo, qualquer candidato de comparecer a inaugurações de obras públicas; fazer pronunciamento em cadeia de rádio e de televisão, fora do horário eleitoral gratuito, salvo quando, a critério da Justiça Eleitoral, tratar-se de matéria urgente, relevante e característica das funções de governo.
A previsão é de que a agenda de Bolsonaro tenha, pelo menos, mais dois grandes eventos no Planalto nos próximos dez dias, destacando assuntos populares: um será para entrega das primeiras carteiras de identidade nacional, que poderá ser digital e usará o número do CPF do cidadão e outro para comemorar a aprovação da Medida Provisória que moderniza os cartórios de registros públicos, permitindo o acesso aos serviços pela internet.