"Filho que saiu de casa aos 18", diz Guedes sobre privatização da Eletrobras
Ministro da Economia e Jair Bolsonaro participaram da cerimônia de capitalização da empresa na Bolsa de São Paulo
Gudryan Neufert
O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, participaram nesta 3ª feira (14.jun) da cerimônia de capitalização da Eletrobras na Bolsa de Valores, em São Paulo. Para Guedes, a privatização da empresa simboliza que ela agora "está livre".
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"A maior empresa de geração de energia limpa, renovável, do mundo está livre. É como um filho que saiu de casa aos 18, 19 anos, e foi para a vida, e agora vai vencer e vai seguir. Não precisa mais ficar sob a proteção do Estado", argumentou Paulo Guedes, durante o evento que marcou o fim do controle do Governo Federal sobre a maior empresa do setor elétrico da América Latina e a primeira grande privatização do Governo, após 4 anos de mandato.
O ministro alegou ainda que a venda da estatal foi necessária porque, nos últimos anos, a Eletrobras havia esgotado a capacidade de investimento, e que agora, com a entrada de capital privado, a empresa será capaz de garantir a segurança energética do país. "A Eletrobras precisa investir R$ 16 bilhões, R$ 15,7 milhões ao ano, só para manter a fatia de mercado, e ela não conseguia investir mais de R$ 3 milhões", justificou Guedes.
Bolsonaro, por sua vez, não discursou, e subiu ao palco do evento somente para o toque da campainha. O Governo Federal espera que a privatização da Eletrobras torne o setor mais competitivo. A empresa, que não participa de leilões desde 2015, agora poderá concorrer para expandir o setor elétrico brasileiro.
A oferta de ações da empresa, realizada na última 5ª feira (09.jun), levantou ao todo R$ 29,2 bilhões, e teve duas vezes a demanda de papéis disponibilizados.
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