"Vai ter problema de combustível no Brasil", diz Bolsonaro
Presidente voltou a reclamar da política de preços da Petrobras, mas disse que não interfere na empresa
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o Brasil vai enfrentar crise no abastecimento de combustíveis nos próximos dias. Sem explicar o motivo, ele também reclamou por não poder definir a política de preços da Petrobras, que nesta quinta (10.mar) anunciou alta nos preços da gasolina, diesel e gás de cozinha. As declarações foram dadas a apoiadores no Palácio da Alvorada.
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"Eu não defino preço na Petrobras, eu não defino nada. Só quando tem problema cai no meu colo", disse o presidente, que minutos depois fez acusações: "Lula e Dilma interferiram nos preços da Petrobras, entre outras coisas, endividaram a empresa em R$ 900 bilhões." As declarações a respeito da crise do petróleo foram encerradas com a preocupação de que "vai ter problema de combustível no Brasil, não vai demorar".
Desde o início da semana, Bolsonaro tem se reunido com a equipe econômica em busca de solução para o aumento no preço final dos combustíveis. A principal proposta analisada pelo Palácio do Planalto é a criação de um subsídio público, com validade de três a seis meses para compensar a alta do petróleo no mercado internacional, provocada pela guerra liderada pela Rússia, segundo maior exportador da matéria-prima dos combustíveis no mundo, atrás apenas da Arábia Saudita.
O subsídio seria aplicado com base em um preço fixo de referência estipulado pelo próprio Governo Federal. Quando o valor do produto ultrapassar o número previamente determinado, pagamentos serão feitos a produtores e importadores de combustíveis no país. Todo o esforço tem como meta conter a inflação, diretamente ligada principalmente ao valor do diesel usado no transporte de bens e serviços.
