ANS impede venda de administradora de planos de saúde da Amil
Diretoria de agência reguladora alega que não obteve respostas satisfatórias sobre a negociação da operadora
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decidiu na noite de 3ªfeira (8.fev) em reunião extraordinária decidiu impedir a venda do controle da operadora Assistência Personalizada à Saúde (APS), da rede de planos de saúde Amil.
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Os atuais sócios da APS, Amil e Santa Helena, foram impedidos de sair do quadro social da empresa, devido a falta de informações sobre a possível aquisição do controle societário da APS por uma empresa responsável por reestruturações financeiras.
Segundo a ANS, que realizou a reunião no Rio de Janeiro, a APS tem cerca de 330 mil beneficiários de planos de saúde individuais e familiares nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, que eram antes da Amil.
Na reunião, a agência questionou a Amil sobre a capacidade financeira dos novos sócios, que possam garantir a sustentabilidade da APS e os valores envolvidos na operação. Como o órgão regulatório não obteve respostas satisfatórias, o corpo diretor da ANS decidiu por suspender a transição de sócios.
"Sem respostas satisfatórias, a diretoria decidiu seguir a orientação técnica de suspender a retirada da atual controladora do Grupo Amil do quadro social neste momento", explica a nota oficial da ANS.
Com a decisão, a APS segue como operadora de planos de saúde do Grupo Amil.
"Nossa maior preocupação é com o consumidor. Não pode haver, em hipótese alguma, a interrupção da prestação de assistência aos beneficiários da carteira da APS., principalmente aos que estejam em regime de internação hospitalar ou em tratamento continuado", disse o diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello.