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Auditor João José Tafner é nomeado corregedor da Receita Federal

Associação Nacional dos Auditores Fiscais diz que nomeação foi realizada para "apagar polêmica"

Imagem da noticia Auditor João José Tafner é nomeado corregedor da Receita Federal
João José Tafner à frente de bandeiras (Reprodução/Facebook)
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Foi publicada nesta 3ª feira (1º.jan), no Diário Oficial da União (DOU), a nomeação do auditor fiscal João José Tafner para o cargo de corregedor da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (Coger-RFB), que estava vago desde julho do ano passado. Tafner é graduado em ciências jurídicas e em análise de sistemas, e ingressou na Receita em 2002, tento passado por várias áreas no órgão.

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Além disso, já atuou como diretor administrativo financeiro da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). O corregedor da Receita tem mandato de três anos, mas pode ser reconduzido ao cargo para ficar mais três se o Órgão Central do Sistema de Correição do Poder Executivo Federal aprovar.

Ao comentar sobre a nomeação nesta 3ª feira, em nota, a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco Nacional) disse que ela "certamente" foi realizada com o objetivo de "apagar a polêmica" a respeito de uma acusação feita pelo senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) contra profissionais da área. "Flávio chegou a acionar a Coger alegando supostas irregularidades na atuação de auditores fiscais que investigaram a questão da 'rachadinha' do gabinete do referido senador. O Ministério da Economia arquivou o caso, porque concluiu que não houve infração", completa a entidade.

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A Unafisco Nacional diz ainda que, no passado, Tafner participou de campanhas eleitorais a favor da atual gestão do Palácio do Planalto, "em especial das promovidas pelo então candidato a deputado federal e colega auditor fiscal Marcus Dantas pelo PSL, partido do então candidato Bolsonaro a presidente da República". Por outro lado, a entidade afirma acreditar que, como corregedor, ele terá uma postura idônea, discernindo os limites entre as vidas pessoal e da função. 

Também de acordo com o comunicado, a Unafisco espera que a Coger mantenha atuação em prol do bem da Receita e respeite mudanças na Lei de Improbidade Administrativa, e que o novo corregedor, por sua vez, "atue de forma sensata, razoável e dentro da legalidade, sem perseguições, respeitando o contraditório e a ampla defesa".

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