PF defende vistorias em local de impressão do Enem: "segurança preventiva"
Agentes foram a sala reservada, onde as provas são montadas. Ação foi denunciada por servidores do Inep
A Polícia Federal (PF) divulgou, nesta 4ª feira (17.nov), uma nota em defesa das vistorias de agentes no local de impressão das provas do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) e na sala reservada, onde as provas são montadas. A corporação divulgou que a medida é voltada para "segurança preventiva e de investigação no caso de detecção de alguma fraude ou burla ao certame".
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Em fevereiro, um Perito Criminal Federal visitou a sede do Inep e efetuou inspeção no Ambiente Físico Integrado de Segurança, a sala reservada. A entrada do agente no local foi denunciada por servidores do instituto, que apontaram quebra de ideoneidade do exame. Segundo a PF, a verificação é um procedimento padrão, e trata-se de pedido feito pelo próprio Inep.
Outras duas visitas foram feitas em setembro deste ano, na Gráfica Plural, responsável pela impressão das provas, "a fim de constatar se o local onde as provas do Enem serão impressas possuem as condições de segurança necessárias".
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirmou que "a Polícia Federal não foi acompanhar a prova, foi uma questão de logística física. Viu se não tinha microfone, ponto cego. Essa foi a função da PF".
Depois do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmar que o Enem teria a "cara do governo" e das demissões em massa de servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), foram levantadas muitas questões envolvendo a inidoneidade da prova.
Nesta 4ª feira, Bolsonaro negou que tenha visto as questões do Exame. "Não, não vi. Eu não vejo, não tenho conhecimento", declarou em conversa com jornalistas durante sua viagem ao Catar.