Bolsonaro elogia Nogueira e diz que governo precisa melhorar interlocução
Presidente disse estar confiante que Ciro Nogueira vai fazer um trabalho brilhante na Casa Civil
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse no fim da tarde desta 3ª feira (27.jul) que considera o general Luiz Eduardo Ramos um irmão, mas que, por causa da dificuldade do militar em negociar com parlamentares, precisou trocar a chefia da Casa Civil. A declaração foi dada em mais uma entrevista a uma emissora regional do Nordeste.
"A gente precisava melhorar a nossa interlocução com o parlamento. O general Ramos é uma excepcional pessoa, eu o conheço desde 1973, é uma pessoa que é meu irmão. Agora, o linguajar com o parlamento, ele tinha dificuldade" destacou Bolsonaro.
Escolhido para substituir Ramos, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) aceitou o convite do presidente na manhã desta 3ª depois de uma reunião com Bolsonaro. Na entrevista, o presidente também disse que manter Ramos seria a mesma coisa que colocar o presidente do Progressistas para conversar com generais do Exército. E finalizou dizendo que está confiante que Ciro Nogueira fará um trabalho brilhante na Casa Civil.
Com a mudança, o presidente vai recriar o Ministério do Trabalho e Emprego. O chefe da Secretaria-Geral de governo, Onyx Lorenzoni, vai assumir a nova pasta e deixar a atual função para Luiz Eduardo Ramos. A Medida Provisória com a reestruturação ainda não foi publicada, e técnicos da Economia informaram que devem ainda fazer ajustes. O Ministério do Trabalho terá o maior orçamento da Esplanada. Ao todo, serão mais de R$ 700 bilhões. Como o texto da MP ainda não foi concluído, a posse de Ciro Nogueira deve acontecer somente na 2ª feira (2.ago) da semana que vem.
Mesmo sem ter sido nomeado oficialmente, o senador já participou de reuniões com a equipe econômica e em uma cerimônia no Planalto no fim da tarde desta 3ª Ciro Nogueira foi convidado para ficar no palco junto com Ramos, Flávia Arruda, da Secretaria de Governo, Wagner Rosário, da CGU, e o general Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional. Heleno sempre foi um crítico dos acordos com o Centrão.