"Não vou responder para gente sem qualificação", diz Bolsonaro sobre CPI
"Você sabe qual é a minha resposta, pessoal? C..., c... para a CPI", afirmou presidente em live
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta 5ª feira (8.jul) que não vai "responder nada" para a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, que enviou uma carta para o chefe do Executivo federal pedindo uma manifestação a respeito do depoimento do deputado Luis Miranda (DEM-DF). Bolsonaro abordou o assunto em sua tradicional transmissão ao vivo pela internet.
"Inclusive, eu não vou entrar em detalhes dessa CPI aí do Renan Calheiros e Omar Aziz, que dispensa comentários, e não vou responder nada para esses caras, eu não vou responder nada para esse tipo de gente, em hipótese alguma. Que não estão preocupados com a verdade, e sim em desgatar o governo, por quê? O Renan, por exemplo, é aliadíssimo do Lula, o cara quer o Lula, a volta do Lula a qualquer preço, então não vou responder questão de CPI para esses caras", afirmou o presidente.
Na sequência, ele citou o envio da carta pelos senadores: "O Renan, o Omar e o saltintante fizeram uma festa lá embaixo na presidência, entregando um documento para eu responder peguntas à CPI. Você sabe qual é a minha resposta, pessoal? C..., c... para a CPI". Em outros momentos, Bolsonaro negou que tenha sido praticado qualquer superfaturamento na aquisição da vacina indiana Covaxin e voltou a atacar integrantes do chamado "G7" da investigação no Senado.
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"Renan Calheiros, deita ai para tu esperar a minha resposta sobre as suas perguntas feitas, deita você, o Randolfe e o Omar, do trio aí, dorme aí e fica esperando a minha resposta. Eu não vou responder para gente sem qualificação como vocês", pontuou. O presidente chegou a sugerir que a CPI deveria investigar o antigo contrato fechado pelo governo da ex-presidente Dilma Rousseff para o programa Mais Médicos, que foi encerrado em 2019.
Porém, sem apresentar provas, disse ainda que este, na realidade, não acabou por causa de seu governo, mas sim porque os médicos foram embora por serem agentes do serviço de inteligência cubano.
Preço dos combustíveis
Outro tema sobre o qual Bolsonaro comentou na live foi o preço dos combustíveis. Segundo ele, "no Rio de Janeiro, o preço da gasolina custa R$ 1,90, e é vendido hoje, preço médio, R$ 6,20, mais de três vezes o preço". "E aí você não sabe por que mais de dois terços do preço final da gasolina não é aquilo da refiniria", completou.
O presidente afirmou que o valor da gasolina mais barato no Brasil é encontrado no Maranhão, mas acusou o governador do estado, Flávio Dino (PSB), de aumentá-lo por meio do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Posteriormente, o chefe do Executivo federal disse que o "o transporte de combustível não é justo", mas que, ao tentar mexer no problema, setores econômicos "fortíssimos" intervêm.
Vacinação contra a covid-19
Sobre a vacinação contra a covid-19 no Brasil, o presidente pontuou que "quem está vacinando é o Governo Federal". Além disso, disse novamente que não vai impor a adesão à campanha: "No que depender de mim, ela [a vacinação] não é obrigatória". Ainda em suas palavras, "não tem esse papo de que quem não usa está estimulando outros a não usar. Isso é democracia".