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Vamos agir com o que temos, diz Mourão sobre recursos ao Meio Ambiente

Vice-presidente participou de reunião do Conselho Nacional da Amazônia Legal durante a manhã

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Usando máscara de proteção, Hamilton Mourão fala ao microfone no Palácio do Planalto (Marcos Correa/PR)
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O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou, na manhã desta 5ª feira (15 abr.), que é compreensível o Orçamento de 2021 destinar uma quantidade menor de recursos aos trabalhos do Ministério do Meio Ambiente (MMA). As declarações foram feitas no Palácio do Planalto.

"Nós vamos trabalhar com aquilo que a gente tem, a gente tem que fazer mais com menos. Não adianta acharmos que vai aparecer dinheiro, porque não vai aparecer, então nós temos que operar com o que temos e da forma mais eficiente possível", disse Mourão. Ainda segundo ele, "com a emenda do teto de gastos, há um espaço desse tamanho para o orçamento aumentar, mas a parcela das despesas obrigatórias, BPC e outros benefícios aumentam mais, então é a teoria da pizza, se um pedaço aumenta mais, os outros vão diminuindo".

O vice-presidente pontuou ainda que crítica ao Plano Amazônia 2021/2022, criado para promover ações de preservação à Amazônia Legal, "faz parte". "Mas vamos lembrar o seguinte: qual é a nossa NDC em relação ao desmatamento ilegal? É chegar a 2030 zerado, então nós temos que ir por etapas, não adianta eu chegar e dizer ano que vem eu vou derrubar em 5 mil, 6 mil", completou.

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Em relação à carta enviada por Jair Bolsonaro (sem partido) ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, Mourão afirmou que se trata de um "compromisso que o Brasil assumiu lá no Acordo de Paris junto com a questão da redução dos gases de efeito estufa". De acordo com ele, o país "emite 3% da quantidade mundial [dos gases], e a maior parte dessa nossa emissão está relacionada ao desmatamento, então derrubando o desmatamento, nós estaremos dando a nossa contribuição".

Também sobre as metas de redução do desmatamento, ele disse estar "esperando que a gente consiga nesses próximos dois anos, vamos dizer, terminando o ciclo em 2023, se eu fechar somando os dois anos com 15 mil km em relação aos dois últimos, que são 21 mil, eu já reduzi 30%, e assim vamos sucessivamente até estrangular esse processo".

 

Reunião no Palácio do Planalto


Mourão participou na manhã de hoje de uma reunião do Conselho Nacional da Amazônia Legal, no Palácio do Planalto. No encontro, segundo o vice-presidente, "nós fizemos uma avaliação da situação do momento, mostramos as áreas onde há hoje uma intensificação de ações de desmatamento [e] cada ministro expôs os problemas que tem pra cumprir as suas tarefas". 

Ainda na saída do evento, comentando sobre sua ausência na conferência do meio ambiente prevista para a semana que vem, Mourão disse não achar importante que participasse, pois estará "o presidente da República, o ministro de Relações Exteriores [Carlos França] e o ministro do Meio Ambiente [Ricardo Salles], que são as autoridades que detém o conhecimento e a capacidade pra dialogar no nível da reunião".

Na avaliação do vice-presidente, não existe problema entre o governo brasileiro e a comunidade internacional. "As pressões que ocorrem vêm de três setores, do setor político, econômico e do setor ambiental, é normal isso. A gente tem que saber que, toda vez que você tem uma função executiva, as decisões que você toma irão agradar uns e desagradar outros, e você tem que ter a capacidade de tomar as melhores decisões sempre".
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