Bolsonaro reúne ministros para decidir futuro de Ernesto Araújo
Presidente repete roteiro que fez quando acertou demissão do general Eduardo Pazuello
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se encontrou com o chefe da Casa Civil, Braga Netto, e com o ministro da articulação política, Luiz Eduardo Ramos, no início da noite deste domingo (28.mar), na Asa Sul, em Brasília. Os três discutiram o futuro do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, depois que o chanceler insinuou, nas redes sociais, que Kátia Abreu (PP-TO), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, o procurou apenas para tratar do leilão do 5G e não sobre vacinas. Ele sugeriu que a senadora tenha feito "lobby" para contemplar a China na disputa.
Bolsonaro esteve com os ministros palacianos pra discutir os nomes possíveis para assumir a vaga do chanceler. Não houve uma definição, mas a 2ª feira (29.mar) deve ser de muita conversa para sondar os nomes especulados, entre eles, do almirante Flávio Rocha, que atualmente ocupa secretaria na Comunicação do Planalto, os senadores Nelsinho Trad, do PSD, e Davi Alcolumbre, do DEM, além de embaixadores que estão fora do Brasil e são alinhados com o presidente.
Parlamentares consideram que o Araújo assinou a demissão por causa da postagem. A pressão pela demissão ultrapassou o Legislativo e até outros ministros de Bolsonaro pedem a saída do colega. Mas, na ala ideológica, a declaração do chanceler aumentou o movimento de defesa de Araújo. Congressistas aliados apostam que a mensagem foi postada com o aval dos filhos do presidente para causar constrangimento ao Congresso.
A visita de Bolsonaro a Braga Netto aconteceu dois dias depois do ministro retornar às pressas para Brasília. O chefe da Casa Civil estava de férias no Nordeste e precisou ir ao hospital, porque passou mal. Na última 6ª feira (26.mar), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), chegou a confirmar que a reunião do Comitê com todos os Poderes, liderado por Bolsonaro, seria nesta 2ª feira, mas o encontro foi adiado para 4ª feira (31.mar).
A assessoria do presidente do Senado negou que a mudança na data da reunião tenha sido motivada por causa da confusão com o chanceler Ernesto Araújo. Pacheco vai levar ao presidente as demandas dos governadores para a gestão da pandemia.
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Parlamentares reagem e cobram demissão de Ernesto Araújo
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Parlamentares consideram que o Araújo assinou a demissão por causa da postagem. A pressão pela demissão ultrapassou o Legislativo e até outros ministros de Bolsonaro pedem a saída do colega. Mas, na ala ideológica, a declaração do chanceler aumentou o movimento de defesa de Araújo. Congressistas aliados apostam que a mensagem foi postada com o aval dos filhos do presidente para causar constrangimento ao Congresso.
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A assessoria do presidente do Senado negou que a mudança na data da reunião tenha sido motivada por causa da confusão com o chanceler Ernesto Araújo. Pacheco vai levar ao presidente as demandas dos governadores para a gestão da pandemia.
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