Queiroga: "Bolsonaro nos confere autonomia, mas cobra resultados"
Novo ministro da Saúde diz que vai fazer ajustes nos quadros da pasta "no momento adequado"
evento entrega das primeiras doses da Fiocruz
SBT News
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O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta 4ª feira (17.mar) que "todas as políticas públicas de saúde são do governo federal" e deixou claro que há um alinhamento com o presidente. Ele disse que vai fazer ajustes nos quadros da pasta "no momento adequado". "Bolsonaro nos confere autonomia, mas cobra resultados."
O indicado para o Ministério da Saúde também fez um alerta sobre o combate à pandemia. "Não adianta recomendar uso de máscara, se a população não usá-la". Representantes do governo federal são flagrados, em inúmeras situações, sem a máscara. Segundo o médico Marcelo Queiroga, "A população não pode ficar esperando que o governo resolva tudo", afirmou.
Queiroga também disse que a vacinação é uma solução de médio prazo. Ele defendeu isolamento social, criticando aglomerações fúteis e protocolos unificados nas UTIs.
O ainda ministro, Eduardo Pazuello, explicou que o cronograma de vacinação vive duas situações distintas. A primeira, em relação à CoronaVac, "Butantan com fabricação e datas programadas, facilita nossa programação". A segunda em relação à AstraZeneca/Oxford "Fiocruz ainda aguardava autorização para entrega. Agora com esse primeiro lote já teremos a distribuição estabelecida", disse o ministro.
Eduardo Pazuello, e o médico Marcelo Queiroga - indicado para assumir a pasta - receberam, no Rio de Janeiro, as primeiras doses da vacina da Fiocruz fabricadas em Bio-Manguinhos. O lote, com 500 mil de doses, foi produzido a partir de insumos (IFA) importados e servirão para ampliar ainda mais a vacinação dos brasileiros contra a covid-19.
O diretor de Bio-Manguinhos, Maurício Zuma, disse que a produção com IFA Naconal deve começar em maio e as entregas em meados do segundo semestre. Ele também informou que a Fiocruz passará a produzir 6 milhões de doses por semana para o Programa Nacional de Imunização.
O SBT News enviou perguntas para a entrevista coletiva com o atual ministro e seu sucessor, mas a organização do evento fez cinco perguntas às autoridades.