Governo
Por política ambiental, comitê adia discussão sobre entrada do Brasil na OCDE
Organização recebeu carta da ONG Human Rights Watch denunciando ações do governo
SBT News
• Atualizado em
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O comitê ambiental da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) decidiu adiar a discussão sobre a entrada do Brasil na organização. O país foi retirado da pauta do encontro, marcado para 9 de fevereiro, depois que a ONG Human Rights Watch enviou uma carta à OCDE denunciando o que chama de "retrocessos ambientais sob o governo Bolsonaro".
O ingresso do Brasil na OCDE é uma dos principais objetivos declarados do governo Bolsonaro na área da política externa. Conhecida como um "clube dos países ricos", a organização daria ao país um selo de credibilidade na economia internacional ao confirmar a sua adesão.
A política ambiental do governo, no entanto, tem sido um obstáculo. Outros países - em particular a França - defendem que a inclusão do Brasil minaria a credibilidade da instituição.
É o que a Human Rights Watch argumenta na carta (leia a íntegra aqui) enviada ao comitê. "A retórica e as ações do presidente Bolsonaro, na prática, deram sinal verde para a atuação de redes criminosas que estão impulsionando grande parte do desmatamento. Essas redes criminosas praticam atos de violência e intimidação contra defensores da floresta, incluindo agentes ambientais, comunidades indígenas e outros residentes locais".
"Os Estados membros da OCDE devem enviar uma mensagem clara ao governo Bolsonaro de que não promoverão a candidatura do Brasil, a menos que suas políticas atuais sobre essas questões mudem radicalmente para proteger o meio ambiente e apoiar seus defensores, e até que o Brasil demonstre resultados concretos na redução do desmatamento e dos abusos na floresta amazônica", diz a carta.
A notícia do adiamento é um "sinal claro de que as políticas antiambientais de Bolsonaro estão se tornando um obstáculo para a entrada do Brasil na OCDE", segundo a Human Rights Watch.
O ingresso do Brasil na OCDE é uma dos principais objetivos declarados do governo Bolsonaro na área da política externa. Conhecida como um "clube dos países ricos", a organização daria ao país um selo de credibilidade na economia internacional ao confirmar a sua adesão.
A política ambiental do governo, no entanto, tem sido um obstáculo. Outros países - em particular a França - defendem que a inclusão do Brasil minaria a credibilidade da instituição.
É o que a Human Rights Watch argumenta na carta (leia a íntegra aqui) enviada ao comitê. "A retórica e as ações do presidente Bolsonaro, na prática, deram sinal verde para a atuação de redes criminosas que estão impulsionando grande parte do desmatamento. Essas redes criminosas praticam atos de violência e intimidação contra defensores da floresta, incluindo agentes ambientais, comunidades indígenas e outros residentes locais".
"Os Estados membros da OCDE devem enviar uma mensagem clara ao governo Bolsonaro de que não promoverão a candidatura do Brasil, a menos que suas políticas atuais sobre essas questões mudem radicalmente para proteger o meio ambiente e apoiar seus defensores, e até que o Brasil demonstre resultados concretos na redução do desmatamento e dos abusos na floresta amazônica", diz a carta.
A notícia do adiamento é um "sinal claro de que as políticas antiambientais de Bolsonaro estão se tornando um obstáculo para a entrada do Brasil na OCDE", segundo a Human Rights Watch.
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