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Ministério da Saúde rebate SP e diz que tem prazo maior para comprar as vacinas

Butantan diz que exportará doses da Coronavac se governo não indicar compra das 54 milhões de doses

Imagem da noticia Ministério da Saúde rebate SP e diz que tem prazo maior para comprar as vacinas
Ministério da Saúde - Foo Marcello Casal Jr/Agência Brasil
• Atualizado em
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Já era noite quando o Ministério da Saúde divulgou nota com esclarecimentos sobre o contrato assinado com o Instituto Butantan para a compra de mais 54 milhões de doses da CoronaVac.

Segundo a nota, o contrato assinado com o Butantan prevê 30 dias para a decisão após a entrega da última parcela das doses, que deve ocorrer até 30 de abril.

Mais cedo, o Butantan havia anunciado que poderia exportar as vacinas, caso o Ministério não as comprasse.

O Ministério da Saúde rebateu o governo de São Paulo e disse que, as declarações do Butantan são "improcedentes, incoerentes, desconectadas da realidade e desprovidas de qualquer amparo legal". Segundo a pasta, o ultimato foi um "ato midiático".

Leia a íntegra da nota do Ministério da Saúde:

Nota Oficial - SECOM/MS Publicado em 27/01/2021 22h48
O Governo Federal informa que o contrato foi firmado pelo Ministério da Saúde com a Fundação Butantan para aquisição de doses contra a COVID-19 [vacina adsorvida Covid-19 (inativada), contra o SARS COV-2, suspensão injetável, também conhecida como Coronavac].

A Fundação Butantan é uma entidade civil, com personalidade jurídica de direito privado e no seu site , acesso em 27 de janeiro de 2021, às 21h41min, afirma que:

"A Fundação Butantan é uma entidade de natureza privada, responsável por oferecer apoio às atividades do Instituto Butantan, de forma a garantir a eficácia nos processos internos que permitam o cumprimento do desenvolvimento científico e a produção de imunobiológicos para o Ministério da Saúde."

Embora o governo de São Paulo tenha afirmado nesta quarta-feira (27) que vai exportar doses extras da Coronavac se o governo Jair Bolsonaro (sem partido) não manifestar interesse, e que Dimas Covas, do Instituto Butantan, tenha dito que "Butantan tem compromisso com outros países e se o Brasil declinar desses 54 milhões vamos priorizar demais países com que temos acordo", tais afirmações são improcedentes, incoerentes, desconectadas da realidade e desprovidas de qualquer amparo legal.

Não houve, em nenhum momento, por parte do Ministério da Saúde, a celebração de qualquer contrato com o Instituto Butantan, tampouco com o Governo de São Paulo, e sim com Fundação Butantan, representada no ato legal pelo seu presidente, o Sr. Rui Curi.

Vale ressaltar que, nos termos do Contrato Nº 5/2021, de 7 de janeiro de 2021, na CLÁUSULA PRIMEIRA ? DO OBJETO, está registrado:

"1.3. A Contratante [Ministério da Saúde]  terá o direito de exclusividade na aquisição de doses da VACINA ADSORVIDA ? COVID-19 (INATIVADA), CONTRA O SARS COV-2, SUSPENSÃO INJETÁVEL, produzidas ou importadas pela Contratada em todo o território nacional, enquanto durar o presente contrato.

1.4. A Contratante [Ministério da Saúde] poderá autorizar em caráter excepcional a comercialização pela Contratada [Fundação Butantan] de doses da VACINA ADSORVIDA ? COVID-19 (INATIVADA), CONTRA O SARS COV-2, SUSPENSÃO INJETÁVEL, devendo, para tanto, ser notificada formalmente sobre a intenção de venda com antecedência mínima de 20 (vinte) dias, devidamente justificada.

1.5. A Contratante [Ministério da Saúde] deverá se manifestar sobre a autorização de comercialização/venda no prazo máximo de 05 (cinco) dias, a contar da data do protocolo da notificação formal.

1.6. É concedida à Contratante [Ministério da Saúde] a opção de adquirir mais 54 milhões de doses de vacinas em cronograma a ser definido, apresentando seu interesse no prazo de até 30 dias após a entrega da última parcela, prevista na cláusula segunda."

A cláusula segunda do referido contrato indica que a última parcela do total das 46 milhões de doses contratadas da Fundação Butantan (9.930.00 doses) deverá ser entregue até o dia 30 de abril de 2021, sendo que, até o presente momento, foram entregues somente 6.700.000 doses, faltando ainda a entrega de 39.300.000 (trinta e nove milhões e trezentas mil) doses para cumprir a primeira etapa do contrato. Além disso, o Contratante [Ministério da Saúde] possui até o dia 30 de maio para manifestar sua opção de compra das 54 milhões de doses adicionais. Deve-se nesse momento priorizar o cumprimento do objeto contratado.

O Ministério da Saúde confirma que recebeu o ofício nº 14, enviado pela Fundação Butantan, o qual, embora datado do dia 21 de janeiro, somente foi encaminhado por e-mail no dia 26 de janeiro, às 11h42. Em seu conteúdo, há somente a solicitação para que o Contratante [Ministério da Saúde] avalie a possibilidade de antecipar sua manifestação sobre a opção de compra das doses adicionais.

O Contratante [Ministério da Saúde] informa que irá analisar essa solicitação encaminhada pela Contratada [Fundação Butantan], o que ainda está dentro do prazo legal previsto no contrato.

O ato midiático promovido pelo governo de São Paulo, sem governança sobre o presente contrato, promove a desinformação, a divisão e a politização da saúde pública do povo brasileiro, neste momento em que alguns deveriam entender a necessidade de unir esforços contra um único inimigo, que é a Covid-19.

O Governo Federal está empenhado, junto com os demais governadores, em combater a Covid-19, garantindo a vacinação a todo brasileiro.

Brasil imunizado, somos uma só Nação!
Secretaria Especial de Comunicação Social/MCom
Ministério da Saúde

 
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