Pazuello diz a governadores que plano de vacinação tem que ser nacional
Em reunião, ministro da Saúde bateu boca com João Doria e disse que Planalto e governadores têm que "falar a mesma linguagem".
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O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou o Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a covid-19 nesta 3ª feira (8.dez) em reunião com governadores no Palácio do Planalto. Segundo o ministro, todas as vacinas que forem testadas e aprovadas pela Anvisa serão compradas pelo Ministério da Saúde e distribuídas para todos os estados.
"Também alinhamos que qualquer vacina que esteja autorizada por qualquer uma das quatro agências internacionais [deve ser analisada] imediatamente, de acordo com a lei federal. Em 72 horas, a Anvisa estará com a responsabilidade de revalidá-la, certificá-la para uso em território nacional", afirmou o governador do Pará, Helder Barbalho, na saída do encontro.
Pazuello disse que a vacinação deve ser feita de forma coordenada entre todas as unidades federativas. "O PNI é nacional. Não pode ser paralelo. A gente tem que falar a mesma linguagem. Nós só temos um inimigo: o vírus. Temos que nos unir", disse o ministro da Saúde.
A última reunião de Pazuello com os governadores foi em outubro, quando ele anunciou parceria com o Instituto Butantan, que está produzindo a Coronavac. O governador de São Paulo, João Doria, elogiou a atitude do ministro. Pouco depois, Pazuello foi desautorizado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Nesta 3ª feira, depois do encontro, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, sustentou que o PNI não é responsabilidade dos estados. Caiado disse também que a pressão sobre o governo federal funcionou e que agora os governadores têm a palavra final de Pazuello - e, indiretamente, do Planalto. "Temos a fala final do ministro de que realmente vai adquirir toda e qualquer vacina. E todo o controle da vacinação no Brasil será do Ministério da Saúde - e não do governador A ou do governador B".
Durante a entrevista, o governador - que chegou a entrar em atrito com Bolsonaro no início da pandemia - não poupou o colega da São Paulo. Segundo Caiado, a postura do governador João Doria de anunciar para dia 25 de janeiro a vacinação contra a covid-19 causou um desconforto enorme. "Eu acredito na vacina. Eu espero que ela chegue o mais rápido possível e chegue antes da 2ª onda no estado de Goiás. Essa é a minha luta. Eu não posso admitir que amanhã eu seja rotulado de omisso e que o governador de São Paulo seja o único que agiu no intuito de poder fazer a imunização", disparou o governador.
O governador de São Paulo participou de forma remota da reunião. O tom da conversa entre Doria e Pazuello subiu já no início, quando o governador de São Paulo sugeriu que Pazuello o estivesse censurando. No encontro, Doria pediu para ser o primeiro a falar, antes mesmo dos colegas que estavam no Planalto. Diante da fala de Doria, o ministro da Saúde cedeu a palavra.
O governador do Piauí, Wellington Dias, disse que o PNI vinha sendo costurado com o Ministério da Saúde e o Planalto há uma semana. Enquanto isso, ações que tratam da vacinação contra o coronavírus curculam no Supremo Tribunal Federal (STF): partidos ingressaram com ações contra a União cobrando respostas do Planalto depois do atrito entre Bolsonaro e João Doria. "Não é razoável que em São Paulo tenha vacina em 25 de janeiro e os outros Estados não", disse Wellington Dias na saída no Palácio do Planalto.
O governador do Piauí finalizou dizendo que a falta de uma coordenação nacional gerou uma desordem. Ponderou que isso foi resolvido nesta terça: "Hoje nós voltamos ao eixo. Demorou, mas voltamos ao eixo".
"Também alinhamos que qualquer vacina que esteja autorizada por qualquer uma das quatro agências internacionais [deve ser analisada] imediatamente, de acordo com a lei federal. Em 72 horas, a Anvisa estará com a responsabilidade de revalidá-la, certificá-la para uso em território nacional", afirmou o governador do Pará, Helder Barbalho, na saída do encontro.
Pazuello disse que a vacinação deve ser feita de forma coordenada entre todas as unidades federativas. "O PNI é nacional. Não pode ser paralelo. A gente tem que falar a mesma linguagem. Nós só temos um inimigo: o vírus. Temos que nos unir", disse o ministro da Saúde.
A última reunião de Pazuello com os governadores foi em outubro, quando ele anunciou parceria com o Instituto Butantan, que está produzindo a Coronavac. O governador de São Paulo, João Doria, elogiou a atitude do ministro. Pouco depois, Pazuello foi desautorizado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Nesta 3ª feira, depois do encontro, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, sustentou que o PNI não é responsabilidade dos estados. Caiado disse também que a pressão sobre o governo federal funcionou e que agora os governadores têm a palavra final de Pazuello - e, indiretamente, do Planalto. "Temos a fala final do ministro de que realmente vai adquirir toda e qualquer vacina. E todo o controle da vacinação no Brasil será do Ministério da Saúde - e não do governador A ou do governador B".
Durante a entrevista, o governador - que chegou a entrar em atrito com Bolsonaro no início da pandemia - não poupou o colega da São Paulo. Segundo Caiado, a postura do governador João Doria de anunciar para dia 25 de janeiro a vacinação contra a covid-19 causou um desconforto enorme. "Eu acredito na vacina. Eu espero que ela chegue o mais rápido possível e chegue antes da 2ª onda no estado de Goiás. Essa é a minha luta. Eu não posso admitir que amanhã eu seja rotulado de omisso e que o governador de São Paulo seja o único que agiu no intuito de poder fazer a imunização", disparou o governador.
O governador de São Paulo participou de forma remota da reunião. O tom da conversa entre Doria e Pazuello subiu já no início, quando o governador de São Paulo sugeriu que Pazuello o estivesse censurando. No encontro, Doria pediu para ser o primeiro a falar, antes mesmo dos colegas que estavam no Planalto. Diante da fala de Doria, o ministro da Saúde cedeu a palavra.
O governador do Piauí, Wellington Dias, disse que o PNI vinha sendo costurado com o Ministério da Saúde e o Planalto há uma semana. Enquanto isso, ações que tratam da vacinação contra o coronavírus curculam no Supremo Tribunal Federal (STF): partidos ingressaram com ações contra a União cobrando respostas do Planalto depois do atrito entre Bolsonaro e João Doria. "Não é razoável que em São Paulo tenha vacina em 25 de janeiro e os outros Estados não", disse Wellington Dias na saída no Palácio do Planalto.
O governador do Piauí finalizou dizendo que a falta de uma coordenação nacional gerou uma desordem. Ponderou que isso foi resolvido nesta terça: "Hoje nós voltamos ao eixo. Demorou, mas voltamos ao eixo".
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