"A gente não está acusando qualquer país", diz Bolsonaro sobre tráfico de madeira
Declaração foi feita em transmissão ao vivo nesta 5ª feira (19.nov)
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O presidente Jair Bolsonaro disse nesta 5ª feira (19.nov) que não vai acusar países específicos pelo tráfico de madeira do Brasil. Segundo ele, "a gente não vai acusar os países A, B ou C, mas as empresas desses países".
A declaração ameniza o que o presidente havia falado dois dias antes, quando afirmou em reunião da cúpula dos Brics que revelaria uma lista de nações que extraem madeira ilegalmente da Amazônia. Nesta 5ª, o presidente indicou que não culparia governos de outras nações.
Bolsonaro estava acompanhado do ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, do superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Alexandre Saraiva, e da intérprete em libras Elisângela, que costuma participar das transmissões. A live durou cerca de 40 minutos.
O tráfico de madeira para fora do país foi apontado por Bolsonaro como tema principal da transmissão. Nela, Bolsonaro, Mendonça e Saraiva discutem a extração do material no Brasil e defendem que o país está sendo desfavorecido economicamente por conta da extração ilegal em comparação a outros países. O presidente, no entanto, evitou apontar culpa.
Em determinado momento, Saraiva aponta que a Alemanha é o maior conservatório de araras azuis do mundo, enquanto no Brasil a espécie é extinta: "Como que elas foram parar lá? Então, esse tráfico de espécies?". Bolsonaro ressalva logo em seguida: "A gente não tá aqui criminalizando, acusando, qualquer país. A gente tá falando a realidade. Não é o governo que é responsável por isso, né - lógico, tem sua cota de responsabilidade".
Emendou: "Mas se a gente contasse com o apoio desses países muitos problemas de tráfico de animais, madeira e pedras preciosas (...) Nós temos a obrigação de buscar maneiras de resolver esse assunto".
A frase do presidente contrasta com o que ele disse na 3ª feira, na Cúpula dos Brics. Na ocasião, ele disse que seria explícito: "Revelaremos nos próximos dias o nome dos países que importam essa madeira ilegal nossa através da imensidão que é a região amazônica. Porque daí, sim, estaremos mostrando que estes países, alguns deles que muito nos criticam, em parte têm responsabilidade nessa questão".
Na transmissão de 5ª feira, ao ser questionado sobre o que o país espera dos governos que recebem a madeira traficada, Saraiva falou em colaboração. "Eles são detentores de uma tecnologia avançada (...), então nós esperamos uma colaboração no nível policial e no nível científico".
Durante a transmissão, o presidente voltou a associar os povos indígenas e tradicionais à prática do desmatamento. No início da gravação, perguntou: "Eu acho até que existe até, Saraiva, em alguns locais, onde o índio, por exemplo, troca uma tora com? por uma coca-cola, uma cerveja? Ou próximo disso?"
Em resposta, Saraiva disse que "já aconteceu" de a madeira ser negociada por valores irrisórios em territórios indígenas, embora sem citar a situação da fala de Bolsonaro.
A declaração ameniza o que o presidente havia falado dois dias antes, quando afirmou em reunião da cúpula dos Brics que revelaria uma lista de nações que extraem madeira ilegalmente da Amazônia. Nesta 5ª, o presidente indicou que não culparia governos de outras nações.
Bolsonaro estava acompanhado do ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, do superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Alexandre Saraiva, e da intérprete em libras Elisângela, que costuma participar das transmissões. A live durou cerca de 40 minutos.
GOVERNO PEDE COLABORAÇÃO
O tráfico de madeira para fora do país foi apontado por Bolsonaro como tema principal da transmissão. Nela, Bolsonaro, Mendonça e Saraiva discutem a extração do material no Brasil e defendem que o país está sendo desfavorecido economicamente por conta da extração ilegal em comparação a outros países. O presidente, no entanto, evitou apontar culpa.
Em determinado momento, Saraiva aponta que a Alemanha é o maior conservatório de araras azuis do mundo, enquanto no Brasil a espécie é extinta: "Como que elas foram parar lá? Então, esse tráfico de espécies?". Bolsonaro ressalva logo em seguida: "A gente não tá aqui criminalizando, acusando, qualquer país. A gente tá falando a realidade. Não é o governo que é responsável por isso, né - lógico, tem sua cota de responsabilidade".
Emendou: "Mas se a gente contasse com o apoio desses países muitos problemas de tráfico de animais, madeira e pedras preciosas (...) Nós temos a obrigação de buscar maneiras de resolver esse assunto".
A frase do presidente contrasta com o que ele disse na 3ª feira, na Cúpula dos Brics. Na ocasião, ele disse que seria explícito: "Revelaremos nos próximos dias o nome dos países que importam essa madeira ilegal nossa através da imensidão que é a região amazônica. Porque daí, sim, estaremos mostrando que estes países, alguns deles que muito nos criticam, em parte têm responsabilidade nessa questão".
Na transmissão de 5ª feira, ao ser questionado sobre o que o país espera dos governos que recebem a madeira traficada, Saraiva falou em colaboração. "Eles são detentores de uma tecnologia avançada (...), então nós esperamos uma colaboração no nível policial e no nível científico".
?UMA TORA POR UMA CERVEJA?
Durante a transmissão, o presidente voltou a associar os povos indígenas e tradicionais à prática do desmatamento. No início da gravação, perguntou: "Eu acho até que existe até, Saraiva, em alguns locais, onde o índio, por exemplo, troca uma tora com? por uma coca-cola, uma cerveja? Ou próximo disso?"
Em resposta, Saraiva disse que "já aconteceu" de a madeira ser negociada por valores irrisórios em territórios indígenas, embora sem citar a situação da fala de Bolsonaro.
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