Bolsonaristas e oposição reagem a crítica de FHC sobre reeleição
O tucano escreveu um artigo em que faz "mea culpa" e diz ter sido um "erro" ter ficado mais 4 anos na Presidência
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Bolsonaristas e oposição reagiram nesta segunda-feira (7 set.) ao artigo escrito pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) criticando a aprovação da reeleição. Apesar de estarem em lados opostos, ambos acreditam que o tucano tenha perdido tempo de fazer a "mea culpa". Aliados ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), ainda dizem que FHC teme uma eventual reeleição do chefe do Executivo.
Em um artigo publicado no domingo (6 set.) no jornal Estado de S. Paulo, FHC reconheceu que foi um "erro" a instituição da reeleição no país. "De pouco vale desmentir e dizer que a maioria da população e do Congresso era favorável à minha reeleição: temiam a vitória... do Lula", escreveu.
"Se 4 anos são insuficientes e 6 parecer ser muito tempo, em vez de pedir que no 4º ano o eleitorado dê um voto de tipo 'plebiscitário', seria preferível termos um mandato de 5 anos e ponto final", completou.
Reeleição de Bolsonaro
Para o deputado Bibo Nunes (PSL-RS), FHC teme a reeleição de Bolsonaro. "Ele está com saudade do poder, gostaria de ser reeleito de novo e de novo. Não teria o porquê falar disso agora, dá a entender que quer associar à possível reeleição de Bolsonaro em 2022", criticou.
O presidente do PTB, Roberto Jefferson, aliado de Bolsonaro, usou as redes sociais para dizer que o artigo do ex-presidente é "pura hipocrisia". "Quando houve o Mensalão, escândalo de corrupção, não houve mea culpa de FHC. Na época de Dilma, governo mais corrupto ainda, FHC ficou quieto. E agora com Bolsonaro faz mea culpa?", escreveu.
Entretanto, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), minimizou que a "mea culpa" do tucano tenha relação à eventual reeleição de Bolsonaro. O parlamentar, inclusive, disse ser contrário à reeleição de qualquer presidente.
"À época, fui o único deputado do PFL que votou contra a reeleição por absoluta convicção de que não é bom para o Brasil. Agora ele se convenceu", lembrou.
Autocrítica errada
Para a deputada Erika Kokay (PT-DF), o tucano "não fez a autocrítica correta", porque ele "trabalhou para romper com a lógica do estado de proteção social". "Ele começo um processo do mercado em detrimento da população. O problema não é a reeleição, mas em função de quem e de quais métodos foram", justificou.
"Há denúncias do método pouco republicano sobre a vitória dele na reeleição. É muito simplista, depois de toda a destruição que provocou no país, atribuir o fato da própria reeleição", completou.
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) afirmou que a reeleição de FHC "teve um custo político alto, que precisou usar meios eticamente questionáveis". "Hoje não acho que em um país como o nosso você tenha projetos concluídos em 4 anos, ou mesmo em 5. Ele pode fazer autocrítica, mas não deveria mudar o processo".
Em um artigo publicado no domingo (6 set.) no jornal Estado de S. Paulo, FHC reconheceu que foi um "erro" a instituição da reeleição no país. "De pouco vale desmentir e dizer que a maioria da população e do Congresso era favorável à minha reeleição: temiam a vitória... do Lula", escreveu.
"Se 4 anos são insuficientes e 6 parecer ser muito tempo, em vez de pedir que no 4º ano o eleitorado dê um voto de tipo 'plebiscitário', seria preferível termos um mandato de 5 anos e ponto final", completou.
Reeleição de Bolsonaro
Para o deputado Bibo Nunes (PSL-RS), FHC teme a reeleição de Bolsonaro. "Ele está com saudade do poder, gostaria de ser reeleito de novo e de novo. Não teria o porquê falar disso agora, dá a entender que quer associar à possível reeleição de Bolsonaro em 2022", criticou.
O presidente do PTB, Roberto Jefferson, aliado de Bolsonaro, usou as redes sociais para dizer que o artigo do ex-presidente é "pura hipocrisia". "Quando houve o Mensalão, escândalo de corrupção, não houve mea culpa de FHC. Na época de Dilma, governo mais corrupto ainda, FHC ficou quieto. E agora com Bolsonaro faz mea culpa?", escreveu.
Entretanto, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), minimizou que a "mea culpa" do tucano tenha relação à eventual reeleição de Bolsonaro. O parlamentar, inclusive, disse ser contrário à reeleição de qualquer presidente.
"À época, fui o único deputado do PFL que votou contra a reeleição por absoluta convicção de que não é bom para o Brasil. Agora ele se convenceu", lembrou.
Autocrítica errada
Para a deputada Erika Kokay (PT-DF), o tucano "não fez a autocrítica correta", porque ele "trabalhou para romper com a lógica do estado de proteção social". "Ele começo um processo do mercado em detrimento da população. O problema não é a reeleição, mas em função de quem e de quais métodos foram", justificou.
"Há denúncias do método pouco republicano sobre a vitória dele na reeleição. É muito simplista, depois de toda a destruição que provocou no país, atribuir o fato da própria reeleição", completou.
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) afirmou que a reeleição de FHC "teve um custo político alto, que precisou usar meios eticamente questionáveis". "Hoje não acho que em um país como o nosso você tenha projetos concluídos em 4 anos, ou mesmo em 5. Ele pode fazer autocrítica, mas não deveria mudar o processo".
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