Otimista, COB não trabalha com chance de cancelamento das Olímpiadas
A três meses da data prevista para início dos Jogos, casos de covid-19 crescem no Japão
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O agravamento da pandemia de covid-19 no Japão tem lançado dúvidas sobre a realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio. A piora da crise sanitária no país, no entanto, não afasta o otimismo do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para a realização do evento, cuja abertura está prevista para 23 de julho. Até o momento, 208 atletas brasileiros estão confirmados nos jogos. O COB estima que esse número deve aumentar, alcançando entre 250 e 300 esportistas.
Ao SBT News, Marco La Porta, vice-presidente do COB e chefe da Missão Tóquio 2020, descarta qualquer possibilidade de mais uma prorrogação ou até mesmo do cancelamento dos Jogos, e afirma confiar nos preparativos e protocolos a serem adotados pelo Comité Olímpico Internacional (COI). "Ela vai acontecer dentro das melhores condições possíveis", afirma.
Passado um ano da pandemia, no entanto, ele reconhece que alguns esportistas brasileiros enfrentam dificuldades para competir em eventos que antecedem as Olímpiadas. Isso se dá devido a restrições que alguns países adotam para o desembarque de brasileiros em seus territórios.
"Algumas modalidades, que antes dos Jogos precisam competir, estão encontrando problemas para entrar em determinados países. Cada vez que surgem problemas, tentamos contorná-los [com viagens com escalas em países que permitem o desembarque de brasileiros]", diz.
Durante as Olímpiadas, o COI estabeleceu que os atletas serão testados a cada quatro dias, mas veículos de imprensa japoneses afirmaram, nesta semana, que a testagem será diária. Quanto à presença de público, os organizadores ainda irão divulgar se será possível acompanhar as disputas nos locais de competição.
Na 6ª feira (23.abr), o governo japonês decretou estado de emergência em Tóquio e em outras 3 cidades do país por conta do aumento de casos do novo coronavírus. A medida vale até 11 de maio, ou seja, antes do início previsto dos Jogos. Até o momento, o Japão contabiliza mais de 551 mil casos e quase 10 mil mortes por covid-19.
Sem dar mais detalhes, no começo de março, o COI chegou a afirmar que há tratativas com a China para que a imunização de atletas seja realizada. A 90 dias do evento, contudo, não há novidades sobre essas negociações.
Neste mês, a imprensa japonesa noticiou que o governo local trabalhava para que atletas olímpicos fossem vacinados, o que causou revolta nas redes sociais do país, uma vez que a campanha de vacinação no Japão caminha a passos lentos. Segundo o site Our World in Data, apenas 1,32% da população japonesa havia tomado ao menos uma dose da vacina contra a covid-19 até a última 5ª feira (22.abr). Apenas para se ter uma ideia, no Brasil esse número é de 13,5%.
Laís Nunes, 28, atleta de wrestling (luta livre), competirá nos Jogos Olímpicos pela segunda vez. Ela mantém o otimismo na realização do evento e, apesar dos protocolos adotados para minimizar a infecção pelo novo coronavírus durante a sua preparação, segue participando de competições e treinando.
"A minha rotina competitiva está normal dentro do possível. Acabei de ser campeã do Torneio Kolov e Petrov, na Bulgária, um torneio tradicional disputado desde os anos 1960. Graças a Deus estou conseguindo competir, o que é muito importante para qualquer atleta. Apesar da pandemia, tenho feito tudo dentro da segurança, apenas três pessoas participam do treino em São José dos Campos", explica.
Caio Bonfim, 30, atleta de marcha atlética do Distrito Federal, também não acredita que o evento tenha uma nova mudança na data. Ele afirma que, durante alguns meses, teve que adaptar a sua rotina de treinos às regras definidas pelo Governo do DF, o que se tornou um desafio.
"Não estava treinando como fazia antes. Com os parques e pistas de corridas fechadas, tive que treinar em casa, numa esteira. Foi um momento bem diferente", lembra.
Nos Jogos Paralímpicos, que têm a abertura marcada para 24 de agosto, o Brasil tem 116 vagas. Assim como o COB, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) afirma que não trabalha com a possibilidade de adiamento do evento.
Sobre a vacinação desses esportistas, o CPB argumenta que "por ter uma grande parcela de pessoas que integram o grupo de risco, os atletas paralímpicos devem, naturalmente, fazer parte dos grupos prioritários, conforme estabelece o Plano Nacional de Vacinação".
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Ao SBT News, Marco La Porta, vice-presidente do COB e chefe da Missão Tóquio 2020, descarta qualquer possibilidade de mais uma prorrogação ou até mesmo do cancelamento dos Jogos, e afirma confiar nos preparativos e protocolos a serem adotados pelo Comité Olímpico Internacional (COI). "Ela vai acontecer dentro das melhores condições possíveis", afirma.
Passado um ano da pandemia, no entanto, ele reconhece que alguns esportistas brasileiros enfrentam dificuldades para competir em eventos que antecedem as Olímpiadas. Isso se dá devido a restrições que alguns países adotam para o desembarque de brasileiros em seus territórios.
"Algumas modalidades, que antes dos Jogos precisam competir, estão encontrando problemas para entrar em determinados países. Cada vez que surgem problemas, tentamos contorná-los [com viagens com escalas em países que permitem o desembarque de brasileiros]", diz.
Durante as Olímpiadas, o COI estabeleceu que os atletas serão testados a cada quatro dias, mas veículos de imprensa japoneses afirmaram, nesta semana, que a testagem será diária. Quanto à presença de público, os organizadores ainda irão divulgar se será possível acompanhar as disputas nos locais de competição.
Na 6ª feira (23.abr), o governo japonês decretou estado de emergência em Tóquio e em outras 3 cidades do país por conta do aumento de casos do novo coronavírus. A medida vale até 11 de maio, ou seja, antes do início previsto dos Jogos. Até o momento, o Japão contabiliza mais de 551 mil casos e quase 10 mil mortes por covid-19.
Vacinação
Sem dar mais detalhes, no começo de março, o COI chegou a afirmar que há tratativas com a China para que a imunização de atletas seja realizada. A 90 dias do evento, contudo, não há novidades sobre essas negociações.
Neste mês, a imprensa japonesa noticiou que o governo local trabalhava para que atletas olímpicos fossem vacinados, o que causou revolta nas redes sociais do país, uma vez que a campanha de vacinação no Japão caminha a passos lentos. Segundo o site Our World in Data, apenas 1,32% da população japonesa havia tomado ao menos uma dose da vacina contra a covid-19 até a última 5ª feira (22.abr). Apenas para se ter uma ideia, no Brasil esse número é de 13,5%.
Time Brasil
Laís Nunes, 28, atleta de wrestling (luta livre), competirá nos Jogos Olímpicos pela segunda vez. Ela mantém o otimismo na realização do evento e, apesar dos protocolos adotados para minimizar a infecção pelo novo coronavírus durante a sua preparação, segue participando de competições e treinando.
"A minha rotina competitiva está normal dentro do possível. Acabei de ser campeã do Torneio Kolov e Petrov, na Bulgária, um torneio tradicional disputado desde os anos 1960. Graças a Deus estou conseguindo competir, o que é muito importante para qualquer atleta. Apesar da pandemia, tenho feito tudo dentro da segurança, apenas três pessoas participam do treino em São José dos Campos", explica.
Caio Bonfim, 30, atleta de marcha atlética do Distrito Federal, também não acredita que o evento tenha uma nova mudança na data. Ele afirma que, durante alguns meses, teve que adaptar a sua rotina de treinos às regras definidas pelo Governo do DF, o que se tornou um desafio.
"Não estava treinando como fazia antes. Com os parques e pistas de corridas fechadas, tive que treinar em casa, numa esteira. Foi um momento bem diferente", lembra.
Paralimpíadas
Nos Jogos Paralímpicos, que têm a abertura marcada para 24 de agosto, o Brasil tem 116 vagas. Assim como o COB, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) afirma que não trabalha com a possibilidade de adiamento do evento.
Sobre a vacinação desses esportistas, o CPB argumenta que "por ter uma grande parcela de pessoas que integram o grupo de risco, os atletas paralímpicos devem, naturalmente, fazer parte dos grupos prioritários, conforme estabelece o Plano Nacional de Vacinação".
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