PF, Banco Central e Febraban reforçam ações contra uso de saques em compra de votos no segundo turno
Objetivo é prevenir e reprimir utilização ilícita de valores em dinheiro para fins criminosos nas eleições municipais
Warley Júnior
Após apreensões de grandes quantias em dinheiro suspeitas de utilização em compra de votos, no primeiro turno das eleições municipais, a Polícia Federal (PF), o Banco Central (BC) e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) anunciaram, nesta segunda-feira (14), que vão manter e reforçar as ações de controle para evitar saques irregulares no segundo turno.
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As instituições afirmaram que continuarão atentas e vão intensificar a fiscalização para o segundo turno, em 27 de outubro. O objetivo é prevenir e reprimir o uso ilícito de saques em dinheiro para fins criminosos.
Vale ressaltar que o sistema bancário brasileiro já segue regras rígidas, como as de prevenção à lavagem de dinheiro. Pelas normas atuais, saques acima de R$ 50 mil, feitos por pessoas físicas ou jurídicas, exigem aviso prévio de 72 horas, além da identificação detalhada da transação e da finalidade.
Os bancos continuam obrigados a comunicar essas movimentações às autoridades competentes, reforçando o monitoramento para evitar abusos.
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Primeiro turno
A PF registrou 315 casos de crimes eleitorais até o primeiro turno das eleições municipais, em 6 de outubro. O total de bens e valores apreendidos em 2024 foi de R$ 50,4 milhões, sendo R$ 21,8 milhões em espécie.
Segundo a PF, desses valores, os principais crimes foram propaganda irregular e corrupção eleitoral (compra de votos).