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Em Porto Alegre, Lula diz que não fará 'carta' ao agronegócio

"Não dá para fazer uma campanha fazendo carta para cada setor da economia brasileira" disse

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Lula
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O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, descartou nesta 4ª feira (19.out) a produção de uma carta direcionada ao agronegócio, como aceno de aproximação ao setor. No dia em que divulgou uma carta ao público evangélico, lida em um evento com pastores em São Paulo pela manhã, à tarde, enquanto cumpria agenda em Porto Alegre, o petista afirmou que "não dá para fazer uma campanha fazendo carta para cada setor da economia brasileira". 

Lula disse acreditar que qualquer problema do agro com ele não foi motivado por dinheiro e citou os financiamentos destinados ao setor, durante os governos do PT. "Eu tenho muito tranquilidade que qualquer oposição que o agro tenha ao PT e a mim não é por conta de mau tratamento que eles tiveram por conta do nosso governo ou quando a Dilma foi presidenta", avaliou. "O problema do agro comigo não é problema de dinheiro, é problema ideológico", acrescentou. 

Lula também chamou atenção para os compromissos de seu governo com a Amazônia e proteção de outros biomas. "Nós não vamos permitir a ocupação desordenada em nenhum bioma nosso e eu tenho clareza que o homem do agronegócio não tem interesse no desmatamento e em queimada na Amazônia, quem tem interesse é um transgressor da lei e que não respeita o que está na Constituição. E nós sabemos que o agronegócio ganhará muito se ele resolver entender que uma árvore de pé, vale mais que um hectare de soja lá na Amazônia", disse.

Em coletiva à imprensa, o candidato prestou apoio ao cantor Seu Jorge, vítima de racismo no último fim de semana, após apresentação no Grêmio Náutico União, um tradicional clube de Porto Alegre.

"Quero demonstrar a minha solidariedade ao Seu Jorge, porque ele é a mais recente vítima do preconceito neste país. E nós precisamos, todas as pessoas democráticas do país, nós temos que rejeitar e repudiar qualquer gesto de preconceito, seja no Rio Grande do Sul, seja em São Paulo, seja no Oiapoque (AP), ou no Chuí (RS)", enfatizou o candidato.

Lula reafirmou que a candidatura dele representa "a chance de voltar à normalidade, recuperar a democracia e voltar a ter política de desenvolvimento econômico e de crescimento com distribuição de riqueza para acabar com o flagelo da fome". 

Depois da conversa com jornalistas, ao lado de apoiadores, políticos locais, Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice-presidente e a ex-presidente Dilma Rousseff, o petista participou de uma caminhada pelas ruas centrais de Porto Alegre. Ele fez o percurso do alto de um carro de som.

Essa deverá ser a última passagem do candidato pela cidade até o fim da disputa pelo Palácio do Planalto. Lula tem investido nas caminhadas no segundo turno. No primeiro, optou -- em grande maioria -- pela realização de comícios. O candidato afirmou nesta 4ª feira (19.out) que até a semana que vem, na reta final da campanha, visitará mais seis estados. 

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