Em campanha no Recife, Bolsonaro diz que vai desonerar a folha de pagamento
A medida deve prever a redução da carga tributária para empresas do setor de saúde
O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, afirmou nesta 5ª feira (13.out) que o governo federal vai desonerar a folha de pagamentos da saúde. A medida, que já tem efeito para 17 setores da economia, promove, na prática uma diminuição da carga tributária para empresas dos setores contemplados.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Bolsonaro afirmou que a medida também vai beneficiar os enfermeiros, que viram o piso salarial da profissão, aprovado no Congresso, ser suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
"O impacto é compatível. Hoje, o setor não desonerado paga o imposto em cima da folha, em média 20%. Com a desoneração, passa a ser de 1% a 4% do faturamento bruto da empresa. Vai ser vantajoso, e vamos dar mais uma sinalizaçao para a questão do piso da enfermagem no brasil, que o Supremo resolveu barrar", afirmou, durante encontro com lideranças políticas e religiosas no Recife.
Na capital pernambucana, o candidato também fez acenos aos nordestinos. Bolsonaro perdeu na região para o adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por ampla margem de votos, e tem sido criticado por declarações que teriam relacionado o voto em Lula à condição de pobreza.
"Aqueles que falam que eu nao gosto de nordestino, fiquem sabendo que a minha princesa, dona Michelle, é filha de um cabra da peste do Ceará. Sou apaixonado por uma nordestina. E a minha filha, em suas veias, corre sangue de cabra da peste", disse a apoiadores, do alto de um trio elétrico.
O presidente afirmou, ainda, que sete ministros do governo federal são nordestinos. E também declarou que, nos próximos dias, será publicada a regulamentação dos parques eólicos offshore, o que, segundo ele, vai ajudar a reindustrializar a região.
Bolsonaro voltou a dizer que "houve exageros" em declarações feitas por ele durante a pandemia da Covid-19, mas também reafirmou que acredita que a condução do enfrentamento à doença pelo governo federal foi correta.
"Acredito que tenha feito o possível para ajudar no combate à covid. Houve, da minha parte, algum exagero em algumas palavras. Peço desculpas, mas faz parte da emoção. Talvez da minha educação, que eu tive em casa", defendeu.