Lula critica Bolsonaro e diz que candidato usa governo para campanha
Em Campinas, petista alegou que presidente "está utilizando máquina do governo" na corrida ao Planalto
Lis Cappi
O candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou ações propostas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que atualmente tenta a reeleição, e disse que o mandatário tem utilizado da máquina pública para beneficiar a própria campanha. As declarações foram dadas na manhã deste sábado (8.out), em ação de campanha em Campinas, no interior de São Paulo.
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O petista disse que o atual período está sendo conduzido com "anomalia", e que, segundo ele, as ações públicas nunca foram tão emplacadas desde o primeiro presidente brasileiro -- o Marechal Deodoro da Fonseca.
"Nós estamos fazendo uma campanha com uma certa anomalia, porque nós temos um cidadão que está exercendo a presidência que está utilizando a máquina do governo para fazer campanha. E eu estava analisando desde o Marechal Deodoro da Fonseca, em 1889 até agora, todos os presidentes juntos, ninguém utilizou a máquina 10% do que utilizou", afirmou Lula.
O candidato também disse que quando tentou a reeleição, em 2006, ele apenas fazia ações após às 18h "porque durante o dia, a gente tem que exercer a nossa função principal que é presidir o país". Lula ainda disse que Bolsonaro tem agido como se "o Brasil fosse uma coisa particular dele".
FHC
Questionado por jornalistas, Lula citou o encontro que teve na 6ª feira com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O petista disse ter ficado feliz ao encontrá-lo, reforçou o apoio recebido pelo tucano e disse que fará encontros com "muita gente que outrora não votava em mim". Ele também afirmou que a chapa com Geraldo Alckmin é vista como uma retomada ao caminho da democracia. E que fará encontro com "todo presidentes do PSDB que passaram pela presidência".
Sobe o tom
Entre as declarações, o petista também voltou a citar falas de Bolsonaro durante o período de campanha, como a associação do do bom desempenho de Lula no Nordeste ao analfabetismo. E adotou um tom de mais ataque ao presidente, assim como tem feito em propagandas políticas. A ação ocorreu quando ele disse que incentivará boas relações do Brasil no exterior, enquanto, no atual governo, "ninguém quer vir aqui".