Publicidade
Eleições

Como ficam as bancadas temáticas do Congresso na nova legislatura

Frentes parlamentares ligadas a temas conservadores registraram aumento; a do meio ambiente diminuiu

Imagem da noticia Como ficam as bancadas temáticas do Congresso na nova legislatura
Congresso
• Atualizado em
Publicidade

A bancada da bala ganhou mais dez representantes e vai passar a ter 38 deputados. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, esse aumento veio com uma mudança de perfil: em vez de representantes de classes da segurança, foram eleitos mais policiais influenciadores. 

+ Leia as últimas notícias no portal SBT News

"Esses influenciadores estão mais alinhados com pautas ideológicas do chamado bolsonarismo e pautas que são caras ao presidente Bolsonaro, como excludente de ilicitude pra policiais, aumento do armamento para a sociedade civil, para a população civil e endurecimento penal. Ou seja, pautas que não são de segurança pública enquanto uma política pública, e sim pautas ideológicas", avalia David Marques, coordenador de projetos do Fórum.

Mas a pauta armamentista não será exclusividade desse grupo. Um estudo do Instituto Proarmas afirma que foram eleitos, em 2022, 23 representantes dos chamados CAC's, os Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores. São 16 deputados e sete senadores. Entre os objetivos da nova bancada está a aprovação de mudanças no estatuto do desarmamento.

Na bancada evangélica, até agora, foram identificados 115 novos deputados e senadores. A intenção da frente parlamentar era alcançar 30% do Congresso nesta eleição, mas o número ficou abaixo desta meta.  

"Logicamente gostaríamos de chegar nessa meta, mas não foi possível por alguns fatores. O primeiro é que aumentou muito a bancada bolsonarista, mas de muitas pessoas que não têm confissão evangélica. Apesar delas serem de direita, conservadoras, elas não são evangélicas", diz o líder da bancada evangélica, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).

Já a bancada ruralista reelegeu pelo menos 120 integrantes na Câmara e no Senado. Uma das pautas prioritárias será a mudança de regras para o licenciamento ambiental. "Eu diria para você que nós vamos ter uma bancada aí muito ligada ao agro, às nossas propostas, próximo aos 300 deputados e pelo menos mais uns 100 deputados que têm toda uma afinidade com o agro", projeta o presidente da frente parlamentar, deputado Sérgio Souza (MDB-PR).

Ao contrário das bancadas intituladas conservadoras, o consultor do Instituto Democracia e Sustentabilidade afirma que o número de parlamentares favoráveis à agenda do meio ambiente encolheu. "Nós já temos uma situação bastante difícil em que hoje, nas pautas mais relevantes e críticas, a gente tem aí no máximo 30% da Câmara votando a favor das pautas ambientais. Na próxima legislatura, isso tende a se repetir. Tende a ser uma legislatura muito ruim para a agenda ambiental", pontua André Lima, consultor sênior em política.

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade