Eleições: entenda a diferença entre os sistemas majoritário e proporcional
Presidentes, governadores e senadores serão escolhidos pelo sistema majoritário

André Anelli
Nestas eleições, alguns candidatos serão eleitos de acordo com o voto da maioria da população, é o caso dos presidentes, governadores e senadores. Os deputados, porém, são escolhidos no sistema proporcional, em que nem sempre o eleito foi o mais votado.
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A diferença está no sistema de votação. Nas chamadas eleições majoritárias, para chefes do executivo e senadores, o mais votado sempre vence, nem que seja no segundo turno.
"Entende-se que com 50% mais um de votos, aquele eleito vai pacificar melhor, vai ter uma adesão maior", afirma Silvana Batini, professora de direito eleitoral da FGV.
Já os deputados são eleitos no sistema proporcional. Os votos recebidos por todos os candidatos são somados e divididos pelo número de vagas disponíveis. O resultado é o quociente eleitoral: o número mínimo de votos que o partido precisa para eleger um candidato. Quantas vezes o partido alcançar esse quociente será o número de cadeiras conquistadas.
"O sistema proporcional tenta de alguma forma equilibrar a representação pra dar representatividade a grupos minoritários que não teriam voz no sistema majoritário puro e simples", diz a especialista.
A regra da eleição proporcional permite o chamado puxador de votos. É um candidato que consegue duas, três ou até mais vezes o quociente eleitoral sozinho, e o resultado acaba elegendo outros nomes menos votados, mas estas eleições têm uma nova regra: para que qualquer candidato seja eleito, é necessário que ele tenha sozinho pelo menos 10% do quociente eleitoral.
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