PT aciona TSE contra Bolsonaro por causa de propaganda na TV
Vídeo associa o Partido dos Trabalhadores a cenas de vandalismo

Guilherme Resck
A coligação Brasil da Esperança, formada por PT, PV, PCdoB, Psol, Rede, PSB, Solidariedade, Avante, Agir 36 e Pros, protocolou nesta 2ª feira (12.set) uma representação, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com pedido de ordem para que a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição não possa veicular um vídeo acusando o Partido dos Trabalhadores de ter sido responsável por manifestações públicas violentas.
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A gravação, que vem passando como propaganda eleitoral na TV, associa o PT a imagens de bens incendiados em protestos e cenas de vandalismo, dizendo "Na época do PT, as manifestações eram assim". Ainda na representação contra a campanha de Bolsonaro, os partidos afirmam que o vídeo descontextualiza gravemente uma declaração de Lula, ao recortá-la e extraí-la da ocasião em que foi dada. No vídeo, Lula aparece falando: "Essa pauta da família, a pauta dos valores, é uma coisa muito atrasada".
De acordo com a coligação, a propaganda descontextualiza a fala visando a "sugerir, de maneira artificial e maliciosa, que o candidato atribui menor importância à família em seu posicionamento político, sendo que, na fala original, outro é o assunto e o significado contido nas palavras de Lula".
A representação acrescenta que a propaganda mostra Bolsonaro nos eventos oficiais de celebração do Bicentenário da Independência, contrariando, assim, decisão do ministro Benedito Gonçalves, do TSE; o magistrado proibiu a utilização de imagens das cerimônias de 7 de Setembro na campanha eleitoral do presidente da República e de seu candidato a vice, Braga Netto.
Ainda conforme a representação, a propaganda vem sendo veiculada "exatamente no momento em que o país está submetido a um grave cenário de violência política estimulado não pelo Partido dos Trabalhadores, mas sim pelos aliados de Jair Bolsonaro". "Impossível ignorar que já houve dois casos - públicos e notórios - de homicídio de simpatizantes do PT exatamente nesse cenário. Vale dizer, a propaganda em tela distorce totalmente a realidade dos fatos também sob essa perspectiva".
O documento se refere ao assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, em julho deste ano, e de Benedito Cardoso dos Santos, na última 5ª feira (8.set).
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