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No Rio, Bolsonaro fará discurso em trio contratado por Malafaia e deve mirar STF

Aliados da base ideológica avaliam que candidato à reeleição deve ser "Bolsonaro-raiz" para manter militância

No Rio, Bolsonaro fará discurso em trio contratado por Malafaia e deve mirar STF
Jair Bolsonaro
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) avalia abandonar o script desenhado pela área moderada da política e criticar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no discurso que deverá fazer em cima de um trio elétrico contratado pelo pastor Silas Malafaia na tarde de 4ª feira, 7 de Setembro, na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.

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A decisão do ministro do STF Edson Fachin de restringir os efeitos de decretos de Bolsonaro sobre a liberação de armas deu mais um motivo para o candidato à reeleição deixar de lado o tom mais ameno e falar para a base ideológica. 

Em conversas com parlamentares da ala ideológica, Bolsonaro tem sido exposto a uma tese que o agrada: adotar um tom duro contra o STF e TSE para manter a militância mobilizada nas três semanas que restam até o primeiro turno do pleito. 

Parte desses parlamentares aliados considera que só depois, durante o segundo turno, é que o candidato à reeleição deve focar no eleitor de centro, moderado, que cogita anular ou votar no principal adversário de Bolsonaro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O raciocínio, embora seja um estímulo ao presidente para desembainhar sua retórica contra o Supremo, embute a constatação pelo grupo de que as pesquisas até este momento apontam para um congelamento das intenções de voto, com o petista na dianteira. 

Os conselhos dos parlamentares identificados como "mais ideológicos", isto é, adeptos das pautas de costumes, armamentista, por exemplo, vão na contramão do que defende parte do QG de campanha de Bolsonaro e ministros da ala política, que sustentam que o estilo "Bolsonaro-raiz" afasta eleitores e pode ser crucial para a campanha à reeleição. 

O presidente deverá desembarcar na capital fluminense no início da tarde de 4ª feira. Bolsonaro irá participar de uma motociata e seguirá para a praia de Copacabana. No local, desde cedo, as Forças Armadas estarão com uma programação de oito horas para marcar o 7 de Setembro. Entre os atos previstos, está um salto de paraquedistas na areia da praia, 29 salvas de canhão a partir do Forte de Copacabana e também a apresentação da Esquadrilha da Fumaça. 

Depois disso, Bolsonaro deve discursar num trio elétrico contratado pelo pastor Silas Malafaia, líder da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo. E será nesse palco que o candidato à reeleição, conforme aposta de um grupo próximo, deverá fazer críticas ao STF e ao TSE. Malafaia disse ao SBT News que o trio estará na área de segurança, que foi ele o responsável por disponibilizar o caminhão de som. No entanto, segundo o pastor, ele não é o responsável pelas caravanas que estão a caminho do Rio de Janeiro. 

"Quem vem eu não sei, para ser honesto. Eu estou por fora de mobilizações. Eu só sei do trio que é nosso e nós vamos colocar lá e vai estar dentro da área de segurança", disse Malafaia. A expectativa é que integrantes de diferentes igrejas evangélicas venham do interior do Rio de Janeiro para acompanhar o discurso do candidato na praia de Copacabana.

O que os aliados não estão certos em dizer é se Bolsonaro irá pessoalizar e fazer ofensas diretas contra os integrantes da Corte, como fez no ano passado quando chamou o ministro Alexandre de Moraes de canalha. No sábado, durante agenda no Rio Grande do Sul, sem citar o nome de Moraes, o candidato à reeleição usou a palavra "vagabundo" para adjetivar quem usou a caneta contra empresários bolsonaristas,  que foram alvo de operação da Polícia Federal por suposto apoio a um golpe de estado.

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