Moro desiste de recorrer e está oficialmente fora das eleições por SP
Ex-juiz teve a mudança de domicílio eleitoral barrada pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo
Anderson Scardoelli
Sergio Moro está fora da disputa eleitoral pelo estado de São Paulo, onde era cotado a se lançar candidato a deputado federal ou senador. Derrotado no Tribunal Regional Eleitoral paulista (TRE-SP), que nesta semana invalidou a mudança de seu domicílio eleitoral, o ex-juiz e ex-ministro não recorreu. Com isso, a decisão foi considerada como trânsito em julgado. Ou seja: não cabe mais recurso, com o processo sendo encerrado diante dos olhos do Poder Judiciário.
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Ex-juiz federal, sendo responsável pelo julgamento de casos da Operação Lava Jato no Paraná, e ex-ministro de Bolsonaro na pasta da Justiça e Segurança Pública, Moro resolveu entrar para a política partidária após deixar o governo federal. Primeiramente, filiou-se ao Podemos do Paraná e começou a se apresentar como pré-candidato à Presidência da República.
Em 31 de março, porém, o ex-magistrado deixou o Podemos paraense e assinou carta de filiação ao União Brasil de São Paulo. No novo partido, perdeu o status de presidenciável e passou a colocar seu nome à disposição para alguma posição no Legislativo, podendo disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados ou no Senado Federal.
A mudança do domicílio eleitoral, feita na reta final do prazo dado pela Justiça para quem quisesse disputar o pleito deste ano, chamou a atenção de adversários políticos. O PT entrou com ação contra Moro, que venceu na primeira instância. No julgamento desta semana, contudo, o ex-ministro saiu derrotado por quatro votos a dois. "Não restou comprovado nos autos seu vínculo com a cidade de São Paulo", afirmou o relator do processo no TRE, Maurício Fiorito.
Diante do parecer do TRE de São Paulo, Moro chegou a afirmar que não iria desistir do Brasil. Não deu, porém, detalhes de seus futuros passos na política brasileira. Se recorresse ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a tendência seria a derrota ser confirmada, apontou o advogado Alberto Rollo, especialista em Direito Eleitoral, em contato com o SBT News.