Procuradoria dá aval para Moro ter São Paulo como domicílio eleitoral
Filiado ao União Brasil, ex-juiz deve se candidatar a senador ou a deputado federal
A Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo entende que o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro não cometeu ilegalidade ao transferir o seu domicílio eleitoral do Paraná para o estado paulista. Ao analisar, nesta 3ª feira (24.mai), uma ação movida pelo Partido dos Trabalhadores, o órgão emitiu parecer favorável ao ex-magistrado.
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A manifestação em favor de Moro foi dada pelo procurador Paulo Taubemblatt. Ele lembrou que o ex-juiz chegou a receber a mais alta honraria paulista, a Grã-Cruz da Ordem do Ipiranga. Além disso, registrou que o antigo aliado de Jair Bolsonaro (PL) comprovou, por meio de documentos, que tem vivido em hotéis de São Paulo no decorrer dos últimos meses.
"Os conceitos de domicílio civil e eleitoral não se confundem, sendo este último mais amplo e flexível", avaliou o procurador. Taubemblatt indicou, ainda, que o ex-juiz da operação Lava Jato trabalhou para o escritório Alvarez & Marsal após deixar o Ministério da Justiça e Segurança Pública, "tendo nos primeiros seis meses vínculo específico com a filial no município de São Paulo".
"Foi desmascarada a manobra eleitoral do PT."
Diante do parecer em seu favor, Moro comemorou e criticou o Partido dos Trabalhadores. "Fico feliz pela análise técnica realizada pelo Ministério Público Eleitoral. Foi desmascarada a manobra eleitoral do PT, que me teme como candidato", afirmou, em postagem divulgada em seu perfil no Twitter. "Aquele velho 'jeito PT' de agir que ninguém engole mais", completou o ex-juiz.
Pré-candidato ao Legislativo
Filiado ao União Brasil de São Paulo, depois de permanecer por meses como membro do Podemos do Paraná, Sergio Moro é tido como pré-candidato às eleições deste ano para alguma posição no poder Legislativo. Recentemente, ele tem se colocado à disposição para a briga pelo Senado. Há chances, no entanto, da legenda lançá-lo como candidato a deputado federal.
No Podemos, Moro era apresentado como pré-candidato à Presidência da República. Condição que ele perdeu após, no último dia permitido pela Justiça Eleitoral, trocar de partido e se tornar parte do União Brasil -- agremiação que surgiu no cenário político nacional a partir da junção do PSL com o Democratas.
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