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"Em vez de arma, quero que o trabalhador possa receber livro", diz Lula

Petista chamou o presidente Jair Bolsonaro (PL) de "ditador" em palestra na capital paulista

"Em vez de arma, quero que o trabalhador possa receber livro", diz Lula
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
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Em crítica ao presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta 5ª feira (12.mai) desejar que, em vez de armas, "o trabalhador possa receber livro na sua casa". A declaração foi dada em palestra, na capital paulista, durante o SindiMais, evento anual que reúne profissionais e especialistas em relações sindicais e trabalhistas.

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"Tem duas coisas que nós precisamos que ter certeza, que vale para os dirigentes sindicais, vale para o presidente, vale para os empresários e os trabalhadores: primeiro, nós precisamos conquistar credibilidade, para as pessoas acreditarem naquilo que a gente fala, e nós precisamos ter previsibilidade, ninguém pode ser pego de surpresa toda noite", falou Lula, ao iniciar a crítica. Na sequência, pontuou: "Ontem, por exemplo, eu vi o atual presidente dizer ser importante o povo comprar arma, é importante o povo ter arma, porque somente o povo com arma vai evitar ter um governo ditador. Ele é o ditador, ele é o ditador. Ou seja, eu, em vez de arma, quero que o trabalhador possa receber livro na sua casa, que ele possa ir para a universidade, porque é isso que faz um país crescer. É qualificação profissional que valoriza salário".

Na 4ª feira (11.mai), Bolsonaro voltou a defender a ampliação do acesso às armas de fogo pela população, em discurso na Expoingá, em Maringá (PR). Lula, na palestra no SindiMais, após defender o acesso aos livros, falou sobre a importância da educação. "É efetivamente a formação profissional que vai tornar o país competitivo. A gente não vai nunca ser um país competitivo, nem com qualquer país, nem internamente a gente vai ter a produtividade qualificada se a gente não investir em educação", afirmou. De acordo com o ex-presidente, uma nação só crescerá se "acreditar que educação não é gasto".

O discurso no evento foi marcado ainda pela defesa da inclusão dos pobres na economia. Segundo Lula, em 2010, pela primeira vez na história do país, esse segmento consumiu mais que a classe média e o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 7,5%, após um pedido seu aos pobres para que, mesmo diante da crise de 2008, não parassem de consumir, pois, caso contrário, a economia quebraria. "Qual foi o milagre? O milagre foi colocar o pobre na economia. Quando você coloca ele na economia, quando um cidadão passa a comprar um chinelo, um sapato, uma camisa, uma saia, uma blusa, um pão a mais, dois pães, um cafezinho a mais na padaria, começar a comer as coisas que ele tem direito, a economia cresce, não tem outro jeito", completou.

Em outro momento, falando sobre a economia, atacou o governo Bolsonaro: "E como você faz a indústria crescer? Tem que ter desenvolvimento, tem que ter investimento. Nós estamos vivendo um momento no Brasil que eu duvido que alguém de vocês tenha ouvido em algum momento alguém do governo falar em desenvolvimento, em crescimento econômico, em distribuição de renda, porque não se discute. E se não se discutir desenvolvimento, você não pensa no crescimento do país". A palestra tinha como tema "O projeto para o Brasil e as relações trabalhistas e sindicais". O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, e da Força Sindical, Miguel Torres, também participaram. No público, estava o ex-senador Aloizio Mercadante, coordenador do programa de governo de Lula neste ano.

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