PT aceita propostas do Psol para programa de governo de Lula
Aliança eleitoral dos partidos em torno da candidatura do petista será votada no dia 30 de abril

SBT News
O Partido Socialismo e Liberdade (Psol) e o Partido dos Trabalhadores (PT) ficaram mais próximos de formar uma aliança eleitoral em torno da candidatura, à Presidência da República, do ex-presidente Lula neste ano, após encontro entre representantes das duas siglas realizado na manhã desta 3ª feira (19.abr) em São Paulo. Foi a terceira vez que integrantes de ambas as legendas se reuniram para conversar visando à criação de uma plataforma programática comum, que as possibilite firmarem o acordo, e, na ocasião, o PT acolheu, com ajustes em determinados casos, as propostas do Psol ao programa de governo de Lula.
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Participaram do encontro o coordenador do debate de programa eleitoral do Partido Socialismo e Liberdade, Carlos Puty, a presidente da Fundação Lauro Campos -- da sigla --, Natália Szermeta, e cinco integrantes do PT: o ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante, os economistas Tereza Campello, Guilherme Mello e Pedro Rossi, e o cientista político William Nozaki. De acordo com Puty, no encontro, os participantes passaram "mais detalhadamente pelos 12 pontos programáticos apresentados pelo Psol". Já segundo Szermeta, após a reunião, ela e o colega de partido se sentiram "confortáveis" para apresentar ao diretório nacional da legenda e à militância desta "a proposta de apoio à candidatura de Lula, que já conta com apoio da maioria do Psol, mas que será votada no dia 30 de abril, em conferência eleitoral".
Mercadante, por sua vez, disse que as propostas feitas pelo outro partido "são muito relevantes" porque tratam do combate à desigualdade e da reconstrução do Brasil, pontos que ele classificou como o "o maior desafio" das siglas à frente. "Saímos daqui com a disposição de criar uma mesa de diálogo permanente, aprofundar essas diretrizes e, ao mesmo tempo, aguardar a convenção eleitoral do Psol para que, a partir daí, ele se integre plenamente ao conselho político da campanha do Lula e à coordenação do programa de governo", completou. As principais propostas programáticas aceitas que tiveram ajustes incluem a revogação da reforma trabalhista de 2017 e da reforma da previdência de 2019. Szermeta afirmou que, no caso da trabalhista, os representantes do Partido Socialismo e Liberdade admitiram "construir uma nova reforma, a partir de negociação tripartite, que proteja trabalhadores, recomponha direitos e que fortaleça a negociação coletiva e a representação sindical, dando especial atenção aos trabalhadores informais e de aplicativos".
Já em relação à da previdência, os psolistas e os petistas concordaram ser necessário reconstruir a seguridade e a previdência social de modo a fazer uma inclusão ampla dos trabalhadores. Outras propostas aceitas foram a revogação do teto de gastos de 2016 e a criação de um novo marco fiscal. A plataforma programática do Psol está sendo debatida pela militância e será votada na conferência eleitoral da legenda em 30 de abril, em São Paulo, também.
Veja foto da reunião desta 3ª feira: