Apesar de riscos, Lula quer fazer campanha na rua
O pré-candidato à presidência contará também com segurança popular
![Apesar de riscos, Lula quer fazer campanha na rua](/_next/image?url=https%3A%2F%2Fsbt-news-assets-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com%2FLula_quer_fazer_campanha_na_rua_e_tera_um_esquema_seguranca_montado_por_apoiadores_Ricardo_Stuckert_d6bae1159a.jpg&w=1920&q=90)
O ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, está determinado a fazer campanha presidencial andando pelas ruas do Brasil e, como diferencial, contará com um aparato de segurança informal e popular. Depois da operação Lava Jato, parte da classe política de diversos partidos passou a ser hostilizada em locais públicos, shoppings, aeroportos, chegando até a episódios de violência. Por isso, existe a preocupação de alguns aliados do petista temendo por sua exposição e integridade física.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Mesmo assim, Lula quer percorrer o país fazendo eventos também em locais abertos, no meio do povo, sem necessariamente controle dos participantes que estarão presentes. O desafio número um será convencer o futuro candidato a usar colete à prova de balas, aparato que ele não costumava usar em campanhas anteriores nem como presidente da República, entre 2003 e 2011.
Para proteção de Lula, ele continuará contando com a segurança à qual todos os ex-presidentes da República já possuem. Quando oficializar a campanha, terá também à sua disposição um esquema de proteção fornecido pela Polícia Federal, assim como todos os outros candidatos à presidência. Este apoio da PF desperta alguma desconfiança em aliados, já que a instituição, embora seja independente, está sob o guarda-chuva do governo federal, comandado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Mas Lula vai dispor ainda de um esquema de segurança informal, formada por populares. Em cada evento, um grupo de apoiadores será destacado para ajudar na proteção do candidato. Sem armas, eles vão cuidar de reforçar cordão de isolamento, quando necessário, e formar resistência em caso de tumulto, para que nenhuma confusão possa se aproximar do ex-presidente.
Terão papel fundamental neste esquema de defesa integrantes dos Comitês Populares de Luta, que estão sendo formados sobretudo nas grandes cidades. Compõem essas células membros de movimentos sociais e voluntários. Embora não tenha acontecido de forma tão sistematizada, esta experiência de proteção popular já foi testada e aprovada. Quando Lula estava prestes a ser preso no âmbito da Operação Lava Jato, opositores se reuniram para tentar atacar o carro no qual o petista passaria. Um grupo de petroleiros apoiadores de Lula se posicionou estrategicamente e, sem confronto, conseguiu dispersar os detratores.
Bolsonaristas frequentemente acusam Lula de, embora liderar as pesquisas de intenção de voto, não poder andar nas ruas por falta de apoio. O futuro candidato Lula está convencido de que vai provar o contrário.