Defesa questionou TSE sobre urnas eletrônicas em dezembro
Documento, citado por Bolsonaro nesta 4ª feira, foi entregue em 7 de dezembro e está sob sigilo
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O Ministério da Defesa protocolou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma série de questionamentos sobre as urnas eletrônicas. O documento, citado pelo presidente Jair Bolsonaro nesta 4ª feira (5.jan), foi entregue em 7 de dezembro, com pedido de restrição na divulgação, e está sob sigilo.
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Bolsonaro disse que as Forças Armadas fizeram uma consulta diretamente ao presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, para questionar a fragilidade nas urnas. "As Forças Armadas foram convidadas pelo ministro Barroso [presidente do TSE] a participar das eleições. Aceitamos. Para participar de todo o processo eleitoral, sem exceção. E a Defesa agora fez alguns questionamentos ao senhor ministro Barroso do TSE sobre a fragilidade da urna eletrônica. Estamos aguardando a resposta do TSE, do ministro Barroso", afirmou o presidente em entrevista.
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Em 2 de dezembro, integrantes da área de cibersegurança das Forças Armadas já haviam visitado o TSE. A comitiva de militares recebeu uma série de informações sobre o funcionamento das urnas eletrônicas e do processo eleitoral. Sobre os mecanismos de auditoria, de segurança e de transparência.
Histórico de críticas às urnas
Ao longo do mandato, Bolsonaro tentou aprovar a exigência do voto impresso, elevou o tom contra o presidente do TSE e levantou suspeitas sobre o voto eletrônico. A tensão teve dois momentos de pico no ano passado: em maio, quando ele chegou a falar que sem voto impresso não haveria eleição em 2022, e no feriado de 7 de setembro ao fazer dois discursos inflamados em Brasília e São Paulo.
A pedido do TSE, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou investigação contra Bolsonaro por ataques, sem provas, às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral do país. O presidente foi incluído entre os investigados no inquérito das fake news, relatado pelo ministro Alexandre de Moraes.
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