Para isolar suspeitas, Barroso pede para PF acompanhar eleição 2022
Convite do presidente do TSE à equipe de peritos federais será oficializado nos próximos dias
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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, oficializa nos próximos dias um pedido para que uma equipe de peritos da Polícia Federal seja destacada para acompanhar todo o processo e organização eleitoral de 2022. Os policiais integrarão a Comissão de Transparência da Corte, que deve começar os trabalhos um ano antes da campanha, com representantes das universidades e do Congresso, além de especialistas independentes em tecnologia.
A ação de Barroso pretende isolar ataques contra as urnas eletrônicas, pois a tarefa principal dos peritos da Polícia Federal será avaliar toda a implatação do dispositivo, desde os testes iniciais até o resultado da eleição. Com a chancela da equipe de policiais, a chance de denúncias de fraudes eleitorias perdem força. Na Polícia Federal e no TSE, a expectativa é a de que o ministro da Justiça, Anderson Torres, libere de imediato peritos para compor o grupo criado por Barroso.
Na 5ª feira (29.jul), Torres participou de uma live com o presidente Jair Bolsonaro. O evento foi convocado para questionar a efeciência das urnas eletrônicas. No final da transmissão, o ministro, que em última instância, comanda a Polícia Federal fez coro aos questionamentos de Bolsonaro ao citar relatórios da PF produzidos em 2016, 2018, 2019 e 2020. "Neles, peritos federais sugerem que o sistema de votação seja auditável em todas as suas etapas."
Os peritos da Polícia Federal são convidados, desde 2009, pelo próprio TSE, para fazerem testes públicos das urnas. A intenção é que falhas sejam apontadas e as sugestões dos técnicos, incorporadas. Foi o que ocorreu por exemplo em agosto do ano passado, quando vulnerabilidades apontadas em 2019 pelos peritos federais, a partir de ataques simulados e bem-sucedidos, foram sanados, segundo a Corte eleitoral, sem questionamentos da Polícia Federal.