Lula escolhe silêncio para evitar conflito com militares
Ex-presidente evita declarações sobre a troca de comandos na Força, e escala interlocutores com tropas
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A crise provocada por Jair Bolsonaro com a troca nos comandos das Forças Armadas -incluindo o Ministério da Defesa- passou longe de Luiz Inácio Lula da Silva. A partir de coincidência conviniente, o líder petista se decidiu pelo silêncio. A estratégia é simples: com a boca fechada, o ex-presidente escapa de armadilhas e erros de cálculo, que possam assustar as tropas, levando-as em definitivo para os braços do atual chefe do Executivo.
Os movimentos precavidos fazem parte da estratégia de buscar uma aliança mais ampla e dois nomes foram escalados por Lula: os ex-ministros da Defesa nas gestões petistas Jaques Wagner e Celso Amorim. Os dois abrem caminho com os insatisfeitos do núcleo militar com Bolsonaro, principalmente os demitidos por terem trombado com o núcleo ideológico do govermo federal. O jogo é jogado nos bastidores, sem alardes, como as declarações de Lula até aqui.
Depois do discurso de 10.mar, o primeiro com a retomada dos direitos políticos, o ex-presidente optou por aparições pontuais, evitando uma superexposição. O "manifesto pela consciência democrática" divulgado na 4ª feira (31.abr) de Ciro Gomes, Henrique Mandetta, João Doria, Luciano Huck e João Amôedo constrastou ainda mais com o silêncio do petista. A carta dos presidenciáveis ocorreu 24 horas depois da demissão inédita dos comandantes militares.
O vácuo deixado por Lula foi aproveitado pelos presidenciáveis de centro-direita. A cúpula do PT, porém, avaliou que qualquer manifestação poderia ser mal-entendida e colar ainda mais os militares em Bolsonaro, implodindo a tentativa do ex-presidente em ampliar o diálogo com oficiais que orbitaram nas gestões petistas. "Enquanto o adversário estiver errando, não o atrapalhe", disse um ex-ministro petista, citando uma frase atribuída ao Napoleão Bonaparte (1769-1821).
"Em oito anos de presidência, nunca tive problema com os militares", afirmou Lula no discurso de 10.mar. O petista disse que foi o presidente que mais investiu no Exército, na Marinha e na Aeronáutica. Um novo aceno nesse tom será nas próximas semanas, segundo apurou o SBT News. Por ora, entretanto, o plano é o silêncio. A missão de fustigar Bolsonaro por causa da crise aberta com a demissão do ministro da Defesa Fernando Azevedo ficou para os parlamentares petistas..
Os movimentos precavidos fazem parte da estratégia de buscar uma aliança mais ampla e dois nomes foram escalados por Lula: os ex-ministros da Defesa nas gestões petistas Jaques Wagner e Celso Amorim. Os dois abrem caminho com os insatisfeitos do núcleo militar com Bolsonaro, principalmente os demitidos por terem trombado com o núcleo ideológico do govermo federal. O jogo é jogado nos bastidores, sem alardes, como as declarações de Lula até aqui.
Depois do discurso de 10.mar, o primeiro com a retomada dos direitos políticos, o ex-presidente optou por aparições pontuais, evitando uma superexposição. O "manifesto pela consciência democrática" divulgado na 4ª feira (31.abr) de Ciro Gomes, Henrique Mandetta, João Doria, Luciano Huck e João Amôedo constrastou ainda mais com o silêncio do petista. A carta dos presidenciáveis ocorreu 24 horas depois da demissão inédita dos comandantes militares.
O vácuo deixado por Lula foi aproveitado pelos presidenciáveis de centro-direita. A cúpula do PT, porém, avaliou que qualquer manifestação poderia ser mal-entendida e colar ainda mais os militares em Bolsonaro, implodindo a tentativa do ex-presidente em ampliar o diálogo com oficiais que orbitaram nas gestões petistas. "Enquanto o adversário estiver errando, não o atrapalhe", disse um ex-ministro petista, citando uma frase atribuída ao Napoleão Bonaparte (1769-1821).
"Em oito anos de presidência, nunca tive problema com os militares", afirmou Lula no discurso de 10.mar. O petista disse que foi o presidente que mais investiu no Exército, na Marinha e na Aeronáutica. Um novo aceno nesse tom será nas próximas semanas, segundo apurou o SBT News. Por ora, entretanto, o plano é o silêncio. A missão de fustigar Bolsonaro por causa da crise aberta com a demissão do ministro da Defesa Fernando Azevedo ficou para os parlamentares petistas..
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