PT admite fim da hegemonia ao apoiar candidatura de Guilherme Boulos (PSOL)
É a primeira vez que o partido embarca em uma campanha sem a participação de seus quadros tradicionais
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Ex-presidente Lula se colocou à disposição da campanha de Guilherme Boulos (PSOL) Foto: Redes sociais
Uma vez confirmada a vaga de Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno da disputa pela Prefeitura de São Paulo houve uma corrida entre expoentes do PT para formalizar apoio à campanha de esquerda. A chapa petista liderada por Jilmar Tatto ficou em sexto lugar com 8,6% dos votos, o pior desempenho do partido desde a redemocratização na capital paulista. Já na manhã de domingo, 15, logo após ter comparecido à escola estadual na Cidade Dutra, na zona sul de São Paulo, onde vota, Tatto começou a articular com a direção do PT o apoio a Boulos. O aceno veio somente no fim da noite devido à demora do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em formalizar a conclusão da apuração por causa de falhas técnicas. "Acabei de ligar para Guilherme Boulos, a quem tenho como um irmão mais novo. Desejei sorte e disse que ele pode contar comigo e com a nossa valente militância para virar o jogo em São Paulo", escreveu Tatto em sua página em uma rede social. Em seguida, o ex-presidente Lula telefonou para o candidato do PSOL para se colocar à disposição da campanha.
Exatos dois minutos após a postagem de Tatto, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) também recorreu às redes sociais para declarar apoio a Boulos. "Progressistas, ninguém arreda o pé de São Paulo até a vitória de Guilherme Boulos e a derrota dos tucanos. Vamos à luta", escreveu Haddad.
A prontidão do PT em apoiar um candidato de outro partido, e ainda em posição mais privilegiada na corrida eleitoral, é algo inédito. "Estamos deixando isso para trás", diz o atual chefe de gabinete da presidência do PT, Gilberto Carvalho, sobre a recorrente hegemonia do PT nas disputas eleitorais, alvo de críticas. O primeiro movimento do partido para além de seus quadros tradicionais foi em direção à candidatura de Marcelo Freixo (PSOL) à Prefeitura do Rio de Janeiro, que acabou não se concretizando, mas a efetivação só veio mesmo com o apoio a Boulos. O cálculo da campanha de Boulos é que, somados, os votos nos candidatos do PT e do PSOL somaram 30% do eleitorado que foi às urnas no domingo,
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