Eleições
Possível aliança com PSDB em 2022 impede Márcio França de apoiar Boulos no segundo turno
PSB, partido do ex-candidato à Prefeitura de São Paulo, ainda não se posicionou na disputa
Mariana Zylberkan
• Atualizado em
Publicidade
Jilmar Tatto (PT) e Orlando Silva (PC do B) participam de caminhada ao lado de Guilherme Boulos (PSOL). Foto: Redes sociais Guilherme Boulos
Uma possível aliança com o PSDB nas eleições para governador de São Paulo em 2022 tem feito o partido de Márcio França, o PSB, hesitar em apoiar a candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno da disputa pela Prefeitura de São Paulo. A sigla ainda não declararou seu apoio na capital paulista.
O impasse, portanto, deixa o PSB de fora do projeto de frente ampla da esquerda em São Paulo, defendida por Boulos desde a chegada de Jair Bolsonaro à Presidência da República, em 2018, e reforçada pelo candidato desde a conquista da vaga no segundo turno das eleições, no último domingo, 15. Sua candidatura já recebeu apoio formal de líderes do PT, PC do B, Rede Sustentabilidade e PDT. Os mesmos partidos defendem publicamente a candidatura de Manuela d'Ávila (PC do B) à Prefeitura de Porto Alegre; ela disputa o segundo turno com Sebastião Melo (MDB).
Boulos reuniu em caminhada no centro de São Paulo nesta quarta-feira, 18, Jilmar Tatto, que disputou a prefeitura pelo PT, e o também ex-candidato do PCdoB, Orlando Silva. No evento, Boulos se mostrou receptivo a um virtual apoio de França ao ser questionado se o político teria espaço em sua campanha. "Claro que tem espaço, tem espaço pra todo mundo que quer uma cidade que seja referência democrática contra o atraso do Bolsonarismo e que seja referência de justiça social contra o elitismo dos tucanos", disse.
Outro impeditivo para o PSB apoiar Boulos em São Paulo é a disputa pela Prefeitura do Recife (PE), que tem em lados opostos João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT). O candidato é filho de Eduardo Campos, morto em 2014 durante campanha pela Presidência da República pelo PSB.
Publicidade