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Eleições

Paes quer fazer plebiscito sobre a reabertura da Ciclovia Tim Maia

O anúncio foi feito durante a sabatina do SBT News nesta 2ª feira (26.out)

Imagem da noticia Paes quer fazer plebiscito sobre a reabertura da Ciclovia Tim Maia
Eduardo Paes em entrevista ao SBT News. Foto: Reprodução
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Abrindo a série de entrevistas do SBT News aos candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM) firmou como compromisso de campanha chamar um plebiscito para que a população decida sobre a reabertura da Ciclovia Tim Maia já nos primeiros 100 dias de governo, se eleito. A obra custou R$ 45 milhões e ficou conhecida pelo desabamento que vitimou duas pessoas em 2016. Paes também criticou a gestão do candidato à reeleição Marcelo Crivella (Republicanos) e afirmou que irá rever o aumento do IPTU nas zonas Norte e Oeste.

Leia abaixo a entrevista na íntegra do candidato ao SBT News. A sabatina conduzida pelos jornalistas Isabele Benito e Humberto Nascimento foi nesta segunda-feira, 26. Se preferir, assista em vídeo:
 

SBT News: A primeira pergunta que eu faço é em relação aos transportes. A Prefeitura anunciou que determina que as empresas de transporte andem com os seus ônibus de janelas abertas, mas a gente sabe que algo pontual, preciso... mas é apenas uma desculpa para essas empresas, já que esse problema de falta de climatização é muito antigo. Inclusive, em 2014, o senhor anunciou um acordo com essas empresas para que em dois anos, 2016, todas cumprissem a medida de 100% de climatização nesse Rio de 40º. Não aconteceu. O que o senhor pretende fazer? Qual é a estratégia para que elas cumpram de alguma forma algum acordo de investimento no transporte público?
Eduardo Paes: Olha só, em relação ao ar condicionado, quando eu entrei na Prefeitura em 2009, não tinha nenhum ônibus com ar condicionado na tarifa básica. A gente implantou Bilhete Único, e aí passamos de zero ônibus na tarifa do Bilhete Único, com ar condicionado, para 70% das viagens com ar condicionado.
Você teve, a partir de 2015, especialmente entre 2015 e 2016, uma crise econômica profunda. Não tinha mais como. Esse custo do ônibus com ar condicionado, ele é mais elevado do que o ônibus sem o ar condicionado. Então, não tinha como carregar no preço do Bilhete Único mais valores ainda do que já os reajustes que já eram previstos. Então, nós chegamos a 70% das viagens. Eu diria se não for uma nota 10, foi uma nota 7, mas se avançou muito. Eu espero poder, assumindo a prefeitura, vencendo as eleições, fazer com que esse ciclo, que esse complemento de 30% das viagens, possa de fato acontecer. É muito importante, que a gente tenha o sistema de transporte voltando a funcionar. Os BRTs deixaram de funcionar, quem mora em Campo Grande, Guaratiba, Santa Cruz, Sepetiba, Bangu também, na Zona Oeste do Rio, praticamente não vê mais ônibus nas ruas. Então, a gente precisa voltar os ônibus e com qualidade.


Vamos falar sobre saúde. Durante o período em que o senhor foi prefeito, a sua gestão entregou cerca de 40% da gestão de saúde para as Organizações Sociais (OSs). O IABAS e o Instituto Unir Saúde, esses dois institutos, essas duas OSs, envolvidos nesses escândalos recentes no Governo do Estado, que a gente aqui no SBT Rio apelidou de "covidão guloso", inclusive... Eu tava lendo o seu programa de governo e não vi nenhuma menção às organizações sociais. Por que o senhor não faz nenhuma menção? E queria saber se o senhor pretende manter ou não essas organizações sociais, que volta e meia estão envolvidas em algum escândalo e em alguma irregularidade.
Olha, primeiro, é bom que você disse, porque a IABAS e a UNIR saúde trabalharam para a Prefeitura do Rio e você não viu nenhum "covidão gulosão" na Prefeitura do Rio. Então, nós tínhamos uma quantidade grande de contratos, um volume grande, e tivemos que fazer isso porque nós ampliamos enormemente a atenção básica na saúde com as Clínicas da Família; chegamos a 4 milhões e meio de cariocas, mas esses escândalos foram no Governo do Estado, não na Prefeitura.
Mas eu já vinha percebendo no meu governo, como a gente ampliou muito o serviço na saúde, assumimos hospitais na Zona Oeste, criei o Hospital da Mulher, em Bangu, o novo Hospital da Ilha [do Governador], uma nova maternidade no Centro do Rio, 117 Clínicas da Família, os centros de Emergência Regional. É que as OS estavam ficando muito grandes. Então nós criamos uma OS pública, uma empresa pública de saúde chamada Rio Saúde, e a ideia era que a Rio Saúde já fosse substituindo gradativamente, com tranquilidade e organizadamente, o papel que as OSs cumprem.
Infelizmente, na hora que você tem um tamanho maior de atenção básica - o que é uma boa notícia - teve empresas meio que comprando, adquirindo essas Organizações Sociais, que deixaram de ser Organizações Sociais. Mas eu quero repetir aqui: não que não tinha havido um ou outro problema nos cofres da Prefeitura, mas você não viu essa estrutura, essa máquina de corrupção gulosa, como você disse, montada na prefeitura do Rio.
Então, a minha ideia é substituir pelo Rio Saúde gradativamente. Aliás, eu quero deixar um recado para seis mil profissionais de saúde: que o Crivella demitiu enfermeiros, técnicos de enfermagem, agentes comunitários de saúde e médicos, nós vamos reequipar, recontratar, todas as equipes de saúde da família demitidas no governo Crivella. As Clínicas da Família vão voltar a funcionar. A gente saiu de 4,5 milhões de cariocas atendidos pelas clínicas para 2,8 milhões; um milhão e 700 mil cariocas a menos. Uma coisa que eu tenho muito orgulho de ter criado foram as Clínicas da Família. Vai voltar a dar certo a saúde do Rio.


Mas vai continuar com a O.S. ou não vai continuar a O.S.? Quem vai assumir de forma gradativa é a empresa pública?
A ideia é que a empresa pública possa assumir de forma gradativa. Se for para usar as OSs, é num número muito menor de unidades que você tem mais controle. Porque o problema é esse, o problema não é a OS.
É que nem aquela expressão: "Tirou a OS, tirou o bode da sala". Antes de ter a OS, tinha a corrupção na saúde. Tem que sofisticar os sistemas de controle e, obviamente, como a empresa pública, tem menos essas "patas" do setor privado na saúde pública. Então, eu já criei a RioSaúde. A RioSaúde foi criada no meu governo, por mim, com esse objetivo de ir substituindo gradativamente essas organizações sociais. 


Essa dúvida, candidato, é porque justamente no seu governo, o número de servidores públicos da saúde caiu de 28 mil para 24 mil, enquanto os terceirizados via O.S. subiram de 3.500 para 30 mil. Por que que a população tem que confiar que agora vai ser diferente?
Olha, eu quero que a população confie que vai ser igual. Você mesmo disse. Olha que maravilha! A gente aumentou o número de servidores da saúde. Para a população, Humberto [Nascimento], o que importa é o atendimento médico. Se o médico for trabalhar, jóia. Tem direito a férias, décimo terceiro salário, tá nas regras da CLT. Se não for trabalhar, é demitido. Mesma coisa pro enfermeiro, pro agente de saúde. Então nós vamos restabelecer, através da RioSaúde, a mesma quantidade de médicos, os 30 mil profissionais de saúde, que nós tínhamos na nossa época. O Crivella demitiu seis mil profissionais de saúde. Mil médicos, cinco mil enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes de saúde. Eu acabei de dizer aqui: nós vamos reequipar e não vai ser diferente da minha primeira administração, não. As clínicas da família vão voltar a funcionar e os profissionais de saúde vão ser contratados.

Candidato, o senhor vai pagar a Renda Básica Carioca já aprovada na Câmara, mas nunca regulamentada?
A gente criou o cartão Família Carioca. Um programa importantíssimo de transferência de renda, mais importante ainda nesse momento de pandemia. O cartão Família Carioca era usado tecnicamente, jamais foi "fila pra receber um cartão Família Carioca dos eleitores do Eduardo Paes", não, nunca foi assim.
Era um cartão em que a gente identificava as famílias mais pobres do município. Tinha todo um critério. O Crivella praticamente acabou com o cartão Família Carioca, e nós vamos usar o cartão Família Carioca para compensar essa perda de poder aquisitivo que a população está vivendo, principalmente nesse momento.
O cartão Família Carioca é um programa que me orgulho muito de ter feito. Ele vai voltar a funcionar. As pessoas vão voltar a receber essa renda básica porque ele [o cartão] é fundamental. E que bom que a Câmara provocou ainda mais o prefeito Crivella nesse momento para tentar fazer com que o cartão Família Carioca voltasse. Infelizmente, nem com essa provocação ele fez, mas eu tenho orgulho de ter criado o cartão Família Carioca. As pessoas que recebiam, podem ter certeza que vão voltar a receber, e as famílias, que ficaram naquela linha de pobreza, o que é inaceitável - que é não ter dinheiro pra comer, para as suas necessidades mais básicas -, o cartão Família Carioca vai voltar.


Algo que se agravou muito com a pandemia, mas também, a arrecadação menor com a pandemia. O senhor está preparado pra pegar essa prefeitura mais pobre? E de onde tirar o dinheiro para implementar esse tipo de programa?
Olha só, Isabele [Benito], você lembra: em 2015 e 2016, meus dois últimos anos de governo, a economia brasileira, a soma das riquezas do Brasil, o PIB, Produto Interno Bruto, caiu 7,5%. O [Luiz Fernando] Pezão era governador, e no governo do Estado ele não pagava salário dos servidores. A Dilma [Rousseff] estava sendo "impichada" em Brasília. O Pezão resolveu fechar os hospitais na Zona Oeste.
A Prefeitura do Rio pagava os servidores no dia, mantinha os seus compromissos, pagava fornecedor, fazia investimentos, assumiu os hospitais na Zona Oeste, prestou recursos para o Estado, assumiu as Bibliotecas Parque? É gestão. Aliás, eu quero até dizer uma coisa aqui. Ao invés de eu falar, nós vamos aumentar a arrecadação e, ao mesmo tempo, eu anuncio aqui para você que é morador da Zona Norte e Zona Oeste, que teve esse aumento de IPTU absurdo que o Crivella fez, nós vamos rever esse aumento de IPTU.
Eu passei oito anos na Prefeitura. Nunca faltou recurso. Não foi o tempo todo uma maravilha, se não o Pezão teria dinheiro, se não a Dilma não estava sendo impichada em Brasília. Você tem que fazer gestão. Tem que ter controle do caixa. É possível, sim, você melhorar a arrecadação ampliando a base e a arrecadação, se utilizando de mecanismos adequados. Vender folha de salário, fazer operações importantes que podem ser feitas.
Nós fizemos duas operações importantes. Desculpa aqui o "técnicês", mas é importante: nós fizemos um 'swap' da dívida que reduziu enormemente a dívida do município e depois tivemos uma redução através de uma lei aprovada em Brasília, com articulação política nossa. Então é possível sim fazer as coisas. É uma balela essa história de que não existem recursos para fazer aquilo que tem que ser feito. Eu vou fazer com que as finanças voltem ao normal. Aliás, eu anunciei ontem numa live, quarta-feira é Dia do Servidor, vou dar aumento pros servidores como dei em todos anos do meu governo, pelo menos pelo IPCA, pela reposição na inflação.
É absurdo. Como é que você tem não dinheiro pra isso? Claro que tem dinheiro pra isso. É má gestão, é incompetência. Por isso é que não dá pra arriscar. Não dá para botar quem nunca administrou nada, para a gente não ter um outro Crivella, um outro [Wilson] Witzel, me perdoem aqui, mas é isso. Esses farsantes que surgem, ou esses péssimos gestores, que não sabem. A Prefeitura não é trivial. A Prefeitura é um avião de dois andares, esse "jumbo da vida". Você não bota na cabine de comando alguém que não sabe que botão aperta para o avião decolar, para o avião pousar depois, para voar em velocidade de cruzeiro. É possível, sim. Nós fizemos durante oito anos. Eu conheço a Prefeitura, conheço as contas públicas. Agora, tem que ter prioridade, tem que ter organização, tem que saber que é possível fazer.


Candidato, eu estava dando uma olhada no seu plano de metas pros primeiros 100 dias de governo e o senhor levanta a possibilidade de reabrir a ciclovia Tim Maia. Por que que o senhor está insistindo nisso? Numa obra que provocou uma tragédia, custou 45 milhões de reais, morreu gente, teve funcionário da Geo-Rio, inclusive, condenado pelo Tribunal de Justiça. Por que o senhor está insistindo na abertura da ciclovia Tim Maia, algo que já impactou negativamente?
Olha só, Humberto [Nascimento], pelos motivos que você disse. Primeiro, a responsabilidade política é minha. Eu era o prefeito. Não fui condenado, não fui processado, enfim, não sou técnico, não sou engenheiro, não entendo nada de obra de ciclovia. Mas eu era prefeito na época e eu jamais fugi dessa responsabilidade. E por que eu acho que tem que investir - nos primeiros 100 dias, você vai entender o que é que está previsto. Você tem uma obra que foi feito investimento.
É uma obra importante, boa, que as pessoas estavam gostando, usando. Mas se mexeu ali 45 milhões de reais da população. A minha tese, a minha opinião é de que a gente deva reabri-la sim, fazer um plano de contingência. Se tiver muita chuva e ressaca, a gente fecha, é possível fazer isso para não pôr mais de uma vida em risco. Agora, por isso tudo que foi dito, eu proponho nos meus primeiros 100 dias, um plebiscito, uma consulta pública à população. A minha opinião é de reabrir, mas eu acho que diante de todas as circunstâncias e do histórico da ciclovia, a gente deve fazer uma consulta pública para decidir, esclarecendo os fatos, anunciando o plano de contingência. Eu tenho certeza que, pelo que já ouvi de técnicos, pessoas que estudaram profundamente a questão ali, de que os erros técnicos podem ser corrigidos.


Candidato, o senhor é réu por corrupção e a ministra Rosa Weber prometeu levar para ao plenário do STF, em breve, a decisão de arquivamento da delação do ex-governador Sérgio Cabral, que foi seu padrinho político. O senhor teme de alguma maneira que essa delação, se caso ela seja homologada, ela respingue na sua gestão?
Primeiro uma correção, Humberto. Eu faço política há muitos anos. Fui vereador, deputado federal, trabalhei em conjunto com o governador Sérgio Cabral, enfim, fui governador do Estado, trabalhamos juntos. Agora, eu acho que as pessoas respondem pelos seus atos. Ele está pagando pelos erros que cometeu e não há qualquer envolvimento meu nessas coisas.
Eu tenho toda tranquilidade com todas essas questões. Todas as ações que vieram até hoje foram arquivadas. Quantas ações ao longo desses 4 anos, Humberto, você não noticiou aí, né, e depois elas foram arquivadas? É curioso, elas [ações] acabam surgindo sempre em época de eleição. Lembra o que aconteceu no final do primeiro turno em 2018, né? Acabou beneficiando esse ex-governador [Wilson Witzel] aí. Esse ex-governador afastado que tem de tudo que fez. Lembre-se, Humberto, de todos aqueles, quem é que sempre falava de mim na eleição de 2018? Garotinho, Índio da Costa, o deputado Pedro Fernandes, o Witzel, e olha o que aconteceu com eles. Então, assim, eu tenho muita tranquilidade com isso. Faz parte da vida de um homem público, a gente tem que responder pelos nossos atos. Eu nunca me escondi, estou aqui de novo disputando uma eleição, aberto a perguntas, sempre dando entrevistas. Eu acho que é importante. Agora é o momento em que os homens públicos são colocados permanentemente sob suspeita. A gente não espera que politizem isso, né, mas se tiver que responder qualquer coisa, eu vou sempre responder. Então eu não temo nada, não, e tenho muita tranquilidade. Eu governei essa cidade durante oito anos e tenho muita tranquilidade em afirmar que isso não me preocupa.


Candidato, muita gente lembra das promessas de Olimpíada; entre elas, já tocamos aqui no ponto de todas as obras e tudo mais. Mas uma obra que ficou em aberto é a Transbrasil, uma promessa para a Olimpíada de 2016. O que aconteceu, candidato?
Nada. Não é uma promessa. Você pode ver todas as matérias do SBT, que sempre cobriu muito bem durante o meu governo. A Transbrasil não tem nada a ver com a Olimpíada, nunca foi prometida para ficar pronta para a Olimpíada, e nem muito menos no meu tempo de governo. Mas tem algumas matérias na imprensa mostrando que era uma obra que começou no final de 2014 e início de 2015, uma obra de prazo de dois anos e meio a três anos para ficar pronta. Ela tinha previsão de ficar pronta no final de 2017.
Natural, inclusive, que o Crivella atrasasse... não tanto, né, ela já devia ter terminado. Então, eu comecei a Transbrasil, financiamento do Governo Federal, sempre disse que ela não era para ficar pronta no meu governo, nunca teve nada a ver com Olimpíada, todas as obras que foram prometidas pela Prefeitura do Rio para a Olimpíada ? eu disse todas ?, foram concluídas sem exceção. Sem tirar, nem pôr. 


O senhor tinha provado na sua propaganda eleitoral a sua capacidade de gestão. A gente sabe que é sempre muito mais fácil você gerir alguma coisa quando você tem dinheiro, né. A prefeitura, durante o seu período, foi muito beneficiada por aportes maciços, tanto do Governo Federal, quanto do Governo Estadual. A situação hoje do país e do estado é completamente diferente, o dinheiro secou. O senhor acha que vai conseguir avançar alguma coisa? O senhor teria feito uma gestão que o senhor acredita que foi muito benéfica e muito boa sem os recursos? Sem os recursos para a Olimpíada e a Copa do Mundo? Porque a situação fiscal do Rio é outra.
Olha, Humberto, se você me apontar um aporte do governo estadual eu renuncio agora à minha candidatura. Nunca teve aporte - ao contrário, eu acabei de dizer: assumi os hospitais do Estado, eu emprestei dinheiro para o Governo do Estado; nos últimos três anos da minha gestão, o Pezão não pagava salário de servidor. O Governo Federal, Humberto, deve à prefeitura do Rio pelas Olimpíadas 300 milhões de reais. Então não é verdade. Até no meu primeiro mandato foi um momento bom do Brasil. Depois de 2014, ali daquela confusão que se fez na eleição, da economia do Brasil. Tanto que Dilma foi impichada e o desemprego na lua. O Brasil parou e a prefeitura do Rio continuou.
Isso foi gestão, acabei de dar exemplo. Não tinha Copa e Olimpíadas para o Estado também? Por que não tinha dinheiro para pagar servidor? falta de capacidade de gestão, falta de organização. Por que a Dilma enfrentou todos os problemas que enfrentou com a economia desmontando? Falta de capacidade de gestão, falta de planejamento. A prefeitura do Rio até o final de 2016 - você nunca ouviu falar nisso, ao contrário: eu emprestei dinheiro para terminar a Olimpíada. Vou cobrar do Governo Federal esses 300 milhões que eu adiantei, e emprestei dinheiro para o Governo do Estado e assumi os hospitais na Zona Oeste, Albert [Schweitzer] e o Rocha [Faria], quando o governo queria fechar os hospitais da Zona Oeste. Hospitais estes que o Crivella devolveu e o Witzel não quis aceitar. Por isso é que a gente está nessa situação.
Aqui não tem conversa não. Eu te garanto que eu organizo as finanças da prefeitura ? não é o paraíso, não é do dia para a noite, mas a gente recupera o custeio, botar a máquina para funcionar... Eu estou te afirmando que dou o reajuste para servidores já no ano que vem, mesmo com a proibição da Lei Federal. Vamos dar o aumento, nem que tenha que entrar na Justiça para esse aumento. Eu te garanto que a gente coloca as finanças de ordem.


Candidato, o senhor respondeu a nossa sabatina e agora, nada mais justo: um minuto para o senhor falar com o povo carioca, que está assistindo a gente agora.
Olha, agradecer muito a você Isabele, agradecer muito ao Humberto, agradecer ao SBT, que sempre foi uma casa democrática que nos permitiu falar e agora com essas novas tecnologias a gente fala mais longe. Mas eu quero mais uma vez me dirigir aos cariocas.
A gente vive um momento muito difícil, o momento tá muito ruim. As apostas feitas em 2016 e 2018 foram trágicas, afetaram as nossas vidas, e a cidade vive esse momento em razão daquilo que a gente escolheu em 2016 e 2018. O Rio não pode arriscar mais, não dá para eleger um novo Crivella, não dá para eleger um novo Witzel. A gente precisa de capacidade de gestão, de conhecimento da prefeitura. Repito aqui: sei que não foi tudo perfeito no meu governo, mas o carioca tem na memória que a gente fez muito, né. Com muito trabalho, muita gestão e com muito amor ao Rio a gente vai voltar a fazer essa cidade dar certo. Obrigado a vocês pela oportunidade. 
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