Vendas no varejo caem 1,3% em dezembro e fecham 2023 com alta de 1,7%, diz IBGE
Queda representa segundo resultado efetivamente negativo do ano passado; por outro lado, crescimento anual é o sexto consecutivo
As vendas no varejo do Brasil caíram 1,3% em dezembro na comparação com novembro de 2023, mas fecharam o ano com alta de 1,7%. O resultado anual é superior ao de 2022, quando houve crescimento de 1%. Os dados constam na nova Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (7).
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A queda em dezembro representa o segundo resultado efetivamente negativo de 2023, fora da faixa de variação entre -0,1% e -0,5%, e o mais acentuado do ano, após recuo de 0,8% em maio.
Em relação à medição anual das vendas no varejo, a tendência foi mantida: são seis períodos consecutivos de crescimento.
A próxima PMC, referente aos resultados de janeiro de 2024, será divulgada em 14 de março pelo IBGE.
Sete das 11 atividades cresceram em 2023
No varejo ampliado, sete das 11 atividades pesquisadas fecharam 2023 com variação positiva: veículos e motos, partes e peças (8,1%), artigos farmacêuticos, médicos ortopédicos e de perfumaria (4,7%), combustíveis e lubrificantes (3,9%), hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,7%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (2%), móveis e eletrodomésticos (1%) e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e mfumo (1%).
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"O crescimento em veículos e motos, partes e peças representa uma retomada do setor, que passou um tempo com poucas receitas, principalmente depois da pandemia. O setor observou uma queda muito grande e uma recuperação muito lenta após vários fechamentos nos anos anteriores. O resultado de 2023 representa uma retomada a uma certa normalidade", destacou o gerente da pesquisa, Cristiano Santos.
As quatro demais atividades sofreram recuo em 2023: outros artigos de uso pessoal e doméstico (-10,9%), tecidos, vestuário e calçados (-4,6%), livros, jornais, revistas e papelaria (-4,5%) e material de construção (-1,9%).
Seis setores caíram na passagem entre novembro e dezembro
Na comparação entre dezembro e novembro, seis dos oito setores pesquisados no varejo tiveram resultados negativos: equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-13,1%), móveis e eletrodomésticos (-7,0%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-3,8%), tecidos, vestuário e calçados (-3,5%), livros, jornais, revistas e papelaria (-2,3%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,5%).
Os dois grupos que não registraram taxas negativas foram combustíveis e lubrificantes (1,5%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,8%). Já no varejo ampliado, veículos e motos, partes e peças caíram 4,5%, enquanto material de construção variou 0,4%.
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Comparação com dezembro de 2022
Na comparação de dezembro de 2023 com o mesmo período de 2022, o volume de vendas cresceu 1,3%, chegando ao sétimo mês seguido de resultados positivos.
Quatro atividades ficaram no campo positivo: hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,6%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (4,8%), tecidos, vestuário e calçados (0,4%) e combustíveis e lubrificantes (0,2%).
Os demais quatro grupamentos registratam resultados negativos: equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-0,9%), móveis e eletrodomésticos (-3,3%), livros, jornais, revistas e papelaria (-7,6%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-12,4%).
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No âmbito do varejo ampliado, veículos e motos, partes e peças tiveram alta de 7%, material de construção caiu 2,8% e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceu 2,7%.
Vendas caíram em 13 unidades da federação
Na passagem de novembro para dezembro, 13 unidades da federação tiveram recuo nas vendas de varejo, com destaque para Espírito Santo (-14,3%), Rio Grande do Sul (-2,9%) e Paraná (-1,8%).
Os outros 14 estados registraram resultados positivos, como Alagoas (3,5%), Amapá (3,1%) e Goiás (3%).
As quedas foram mais acentuadas no varejo ampliado: 20 das 27 unidades da federação tiveram índices negativos. Espírito Santo (-6,9%), Paraná (-5%) e Tocantins (-4,7%) concentraram os maiores recuos. Alagoas (2,3%), Amapá (1,8%) e Distrito Federal (1,6%) acumularam as maiores altas.