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Em busca de trabalho? Confira quais as chances de conquistar um emprego em 2024

Boas oportunidades devem surgir dos setores de prestação de serviços, comércio, construção civil e indústria

Em busca de trabalho? Confira quais as chances de conquistar um emprego em 2024
Atendimento de pessoas desempregadas a procura de uma vaga durante mutirão em SP. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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O Brasil tem 8,1 milhões de pessoas sem emprego e em busca de um trabalho, segundo dados do IBGE divulgados nessa semana. Se você é um desses trabalhadores, o SBT News mostra quais as chances de conquistar um emprego em 2024.

Ouvimos economistas que acompanham as tendências de emprego no país, e a notícia é boa: o mercado de trabalho deve seguir aquecido neste ano.

Nessa semana, saíram dois indicadores de emprego: o Caged, que mostrou que o Brasil encerrou 2023 com 1,48 milhão de postos com carteira assinada criados, e a Pnad, do IBGE, que apontou uma queda na taxa de desocupação no ano passado, para 7,8% – o menor patamar dos últimos dez anos.

Outro dado anunciado nessa semana foi a redução de meio ponto na taxa básica de juros, a Selic. Juros mais baixos contribuem para que consumidores e empresas comprem a crédito, o que aquece a economia e, como consequência, abre postos de trabalho.

"Estamos no caminho", afirma o economista-chefe da consultoria Análise Econômica, André Galhardo. Nos últimos anos, o Brasil vem recuperando postos de trabalho que tinham sido perdidos durante a pandemia de covid-19, em 2020 e 2021.

"A expectativa ao longo de 2024 é de melhora nos indicadores de emprego. O ritmo de crescimento será menor do que em 2023, mas ainda assim o mercado segue forte e sobreaquecido", diz Galhardo.

André Galhardo, economista-chefe da Análise Econômica. Foto: Divulgação
André Galhardo, economista-chefe da Análise Econômica. Foto: Divulgação

O economista explica que, tradicionalmente, entre janeiro e março não há tantas contratações, mas que, a partir de abril, o saldo de vagas deve aumentar. A tendência deve se manter pelo resto do ano de 2024.

O economista da LCA Consultores Bruno Imaizumi confirma que, ainda que o crescimento do mercado de trabalho deva reduzir o ritmo neste ano, os números ainda são fortes. "Em 2023 vivemos o último passo da saída da crise causada pela pandemia", diz Imaizumi. "A economia agora está mais normalizada."

Setores que mais devem criar emprego

Os economistas apostam que boas oportunidades podem surgir dos setores de prestação de serviços, comércio, construção civil e indústria.

Galhardo aposta na indústria de manufatura. Imaizumi projeta que cada setor da economia vai colaborar um pouco para criar postos de emprego em 2024 e destaca o potencial do comércio.

Em 2022, foram os serviços que puxaram os índices. Em 2023, o agronegócio. Com eventos climáticos extremos e uma projeção de safra menor neste ano, o mercado para os trabalhadores do agro não tende a se expandir.

A construção civil pode abrir muitas vagas se saírem do papel investimentos previstos pelo governo federal em projetos como os do Novo PAC.

Onde estão as vagas de carteira assinada

O Caged considera apenas empregos formais, com carteira assinada, enquanto a Pnad engloba trabalhadores de todas as modalidades, incluindo os informais. O Brasil tem, há anos, um índice de informalidade de cerca de 40%, o que é considerado alto pelos especialistas.

Obras do Novo PAC são uma das oportunidades para criar mais vagas formais de trabalho. O setor de construção civil tem um índice alto de informalidade, mas, quando as obras são contratadas pelo governo, existe mais exigência e fiscalização para que as contratações sejam com carteira assinada.

Segundo André Galhardo, a informalidade traz dois problemas: um para o trabalhador e outro para o sistema previdenciário do país.

Para o trabalhador, a questão é que os informais não têm acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários, como pensões por invalidez, por exemplo. Se ficam doentes, acabam desassistidos.

Para o sistema, o problema é que os informais não contribuem com os impostos que sustentam a Previdência e o pagamento de benefícios aos aposentados.

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