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Vendas do Dia das Mães devem movimentar R$ 13,23 bilhões no varejo, diz CNC

Data é considerada o Natal do primeiro semestre pelo varejo brasileiro

Vendas do Dia das Mães devem movimentar R$ 13,23 bilhões no varejo, diz CNC
Vendas varejo Dia das Mães
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A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que o volume de vendas do comércio varejista voltado ao Dia das Mães atingirá R$ 13,23 bilhões em 2024, o que representa alta de 3,5% em relação à movimentação financeira real ocorrida em 2023. A estimativa para este ano foi divulgada nesta terça-feira (30).

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A CNC ressalta que o Dia das Mães é considerado o Natal do primeiro semestre pelo varejo brasileiro, por causa da magnitude e da variedade de segmentos impactados.

Os estados de São Paulo (R$ 3,9 bilhões), Minas Gerais (R$ 1,4 bilhão), Rio de Janeiro (R$ 1,1 bilhão) e Rio Grande do Sul (R$ 967 milhões) devem concentrar 57% das vendas em 2024. Ainda de acordo com a CNC, os 12 maiores estados deverão ter avanços nos volumes de vendas locais, "sendo Espírito Santo e Bahia os maiores destaques relativos às altas esperadas - ambos com projeção de 6,3%".

Em relação aos segmentos, a maior previsão de faturamento é do ramo de vestuário, calçados e assessórios: R$ 5,1 bilhões, o que representa alta de 2,1% na comparação com o registrado em 2023. O ramo de farmácias, perfumarias e lojas de cosméticos vem na sequência, com previsão de R$ 2,6 bilhões.

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O de móveis e eletrodomésticos deve responder por R$ 1,8 bilhão, e o de utilidades domésticas e eletroeletrônicos, por R$ 1,8 bilhão. "A maior alta, no entanto, está prevista para o ramo de hiper e supermercados, que deve ter aumento de 6% nas vendas e chegar a aproximadamente R$ 1,2 bilhão", acrescenta a CNC.

A cesta de consumo típica do Dia das Mães, que inclui, por exemplo, joias, livros e tênis, deve apresentar variação média de 2,5% em 2024, a menor taxa de variação desde 2020 (1,2%). Segundo a CNC, a desaceleração da inflação observada ao longo dos últimos meses deve refletir nesse grupo de itens.

Condições de consumo

Segundo o economista da entidade responsável pelo estudo, Fabio Bentes, as condições de consumo do brasileiro favorecem um Dia das Mães melhor. "A expectativa mais positiva para a data neste ano se dá por conta das melhores condições das taxas de juros e do mercado de trabalho, o que melhora o poder de compra tanto à vista como a prazo", afirma.

De acordo com Bentes, a taxa média de juros para pessoas físicias chegou a um pico de 59,87% ao ano em maio de 2023 e, depois, teve uma trajetória de queda, o que influencia de forma direta no planejamento das famílias para o Dia das Mães de 2024. Em fevereiro, a taxa estava em 52,46% ao ano, o menor patamar desde junho de 2022, segundo o Banco Central (BC).

A taxa de desocupação do mercado no menor patamar em 10 anos e a desaceleração da inflação, que fechou o primeiro trimestre em 1,4%, o menor percentual dos últimos quatro anos, contribuem também para a expectativa mais positiva para o Dia das Mães.

Contratação de trabalhadores temporários

A CNC destaca que, com a expectativa de aumento do volume de vendas, a contratação de trabalhadores temporários para atender à demanda sazonal em 2024 deverá ser maior do que em 2023: 25,9 mil vagas neste ano, ante 23,7 mil no último ano. "A expectativa é que o salário médio de admissão fique em torno de R$ 1.794, uma alta de 7,1% do valor médio pago na mesma data em 2023", pontua a confederação.

Os estados de São Paulo (6,7 mil) e Minas Gerais (2,9 mil) deverão ser os maiores demandantes por trabalhadores temporários. A CNC espera que 6,8 mil trabalhadores temporários sejam efetivados no varejo após o término do Dia das Mães.

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