Valor da cesta básica em 2023 diminuiu em 15 capitais, aponta Dieese
A maior queda foi registrada em Campo Grande (MS), com recuo de 6,25%; custo da cesta básica subiu apenas em Belém e Porto Alegre
Em 2023, o valor médio da cesta básica diminuiu em 15 das 17 capitais pesquisadas mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
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Segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, as principais reduções acumuladas no período de 12 meses, foram registradas em Campo Grande (-6,25%), Belo Horizonte (-5,75%), Vitória (-5,48%), Goiânia (-5,01%) e Natal (-4,84%). Já as únicas altas ocorreram em Belém (0,94%) e Porto Alegre (0,12%).
No último mês de 2023, o maior custo do conjunto de bens alimentícios básicos foi encontrado em Porto Alegre (R$ 766,53), depois em São Paulo (R$ 761,01), Florianópolis (R$758,50) e Rio de Janeiro (R$ 738,61).
Com base na cesta mais cara, que, em dezembro, foi a de Porto Alegre, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 6.439,62 ou 4,88 vezes o mínimo de R$ 1.320,00. Em dezembro de 2022, ficou em R$ 6.647,63, ou 5,48 vezes o piso em vigor, que equivalia a R$ 1.212,00.
A estimativa do Dieese leva em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Em dezembro de 2023, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi 109 horas e três minutos, considerando o trabalhador remunerado pelo salário mínimo. No mesmo período em 2022, a média era de 122 horas e 32 minutos.