Economia

Vale-Natal ganha espaço nas empresas e dobra crescimento em um ano

Empresas trocam cestas físicas por ticket; levantamento mostra alta de 100% na procura entre 2023 e 2024

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Empresas dobram a procura por Vale-Natal. | Reprodução
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Quem viveu o fim de ano nas empresas conhece o roteiro: pallets de cestas, itens perecíveis pedindo refrigeração, times deslocados para receber, armazenar e distribuir tudo em poucas horas. Colaboradores equilibram caixas volumosas no transporte cheio. O desconforto para quem recebe vira gargalo logístico e risco de perda para o RH.

É nesse ponto que o Vale-Natal ganha espaço. O saldo cai no mesmo cartão de benefícios dos funcionários, com ampla aceitação em diferentes estabelecimentos. A empresa elimina o recebimento e o estoque, reduz desperdícios e devolve autonomia ao trabalhador para escolher onde usar.

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“O vale vence na operação: logística zero para o RH sem estoque, sem janela de entrega, menos perdas e mais aderência, porque cada pessoa decide onde e como gastar. Há ainda menor impacto ambiental e mais governança, com valor digital, relatórios e regras por política”, afirma Nicolas Batista, diretor de estratégia e novos negócios da Swile.

A adoção acelerou no último ano. Segundo levantamento da Swile Brasil, a procura pelo benefício digital dobrou de 2023 para 2024. Desde 2022, o produto cresceu 56% em 2023 e 100% em 2024, alcançando 220 mil pessoas.

O tíquete médio é de R$ 330. No uso do vale, supermercados respondem por 54% e restaurantes por 16%; em seguida vêm varejo (12%), serviços (8%), automotivo (5%), boletos (2%) e saúde (2%).

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“Entre as empresas que testaram no primeiro ciclo, mais de 35% migraram para o modelo recorrente. As cestas físicas seguem em setores tradicionais, mas a migração para saldo digital avança à medida que o RH precifica o custo logístico e busca eficiência na alta temporada de dezembro”, diz Nicolas.
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