Transferências via Pix crescem 61% no primeiro semestre de 2024, diz Febraban
Modalidade chegou ao total de 29 bilhões de transações, superando soma de outras formas de pagamento

Warley Júnior
As transações feitas com Pix no primeiro semestre de 2024 tiveram um aumento de 61% em comparação ao mesmo período de 2023, chegando ao total de 29 bilhões de transferências. Esse número supera todas as outras formas de pagamento juntas, como cartões de crédito, débito, pré-pago, boleto, TED e cheque. Essas modalidades somaram, ao todo, 24,2 bilhões de transações.
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O levantamento, feito pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) com base em dados do Banco Central e da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), também mostrou o crescimento de outras formas de pagamento, como cartão pré-pago (22%), crédito (13,1%) e débito (1,2%). Por outro lado, as transações com TED caíram 9,1%, e as com cheque diminuíram 35,6%.

Em termos de valores movimentados, o Pix ficou em segundo lugar, com R$ 12 trilhões, atrás da TED, que somou R$ 20 trilhões. Boletos ficaram em terceiro com R$ 3 trilhões, seguidos de cartões de crédito (R$ 1,3 trilhão), débito (R$ 486 bilhões) e cheques (R$ 235 bilhões).

O diretor da Febraban, Walter Faria, destacou que o Pix se tornou um exemplo internacional de sucesso e inclusão financeira no Brasil, explicando também que o uso crescente da modalidade de pagamento está impulsionando pagamentos de baixo valor no dia a dia, o que eleva o número de transações.
"Os números mostram mais uma vez a importância do Pix na inclusão financeira do brasileiro. É um sucesso nacional e um exemplo internacional. Não é à toa que o DOC, com 37 anos de uso, foi descontinuado pelo mercado financeiro no último mês de fevereiro, principalmente pelo fato do uso maciço do Pix", afirmou.
No comércio eletrônico, a oferta de pagamento com Pix, muitas vezes com descontos, também tem ajudado a aumentar o uso da ferramenta. O valor médio das transações foi de R$ 410 no primeiro semestre de 2024.