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Economia

Seca histórica causa prejuízo bilionário em Manaus

Empresas diminuíram a produção por falta de insumos e encontraram dificuldade em escoar os produtos finais

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A seca histórica no Amazonas impactou a indústria do estado e implicou em mais de R$ 1,4 bilhão de custos extras às empresas, já que muitas diminuíram a produção por falta de insumos e encontraram dificuldade em escoar os produtos finais.

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Ao todo, a seca atingiu mais de 500 empresas do polo industrial de Manaus. Elas exportam a maioria dos produtos por meio de navios, só que por causa da estiagem severa, as mercadorias e matérias-primas não conseguiam chegar ao destino final.

"Não foi fácil para as empresas, para os empresários. Toda uma programação que havia sido feita de descarga de insumo e produção de produtos sofreram um impacto imensurável, a ponto de nós necessitarmos desembarcar parte desses insumos na região metropolitana de Belém", explicou Bosco Saraiva, superintendente da Suframa.

A estiagem severa atingiu mais de 600 mil pessoas, nos 62 municípios do Amazonas. Com isso, as empresas tiveram que optar por modos alternativos de translados, como aviões, cujos custos são mais altos em comparação com o aquaviário.

Por isso, empresários defendem a pavimentação da BR-319, rodovia que liga Manaus a Porto Velho. Em Rondônia, a estrada segue em péssimas condições de tráfego.

"A BR-319 é a nossa saída por terra, com um fluxo tranquilo. Se não tem a estrada, tem que entrar de avião. E o custo de aviação é muito mais caro que por uma rodovia. Portanto, ela continua sendo necessária", contou Bosco Saraiva.

A Suframa, superintendência da zona franca de Manaus, ainda não divulgou o balanço dos meses de novembro e dezembro, período em que os rios atingiram os níveis mais baixos da seca extrema. Mas de acordo com o IBGE, a produção industrial do Amazonas teve uma queda de 4,2%, em relação a outubro.

Agora, com a subida das águas, o centro das indústrias do estado acredita que a partir deste mês o escoamento da produção volte à normalidade.

"As indústrias nunca pararam de operar. Em Manaus, nós temos uma indústria resiliente. Foram pouquíssimas fábricas que tiveram interrupções efetivas da linha. Do ponto de vista prático, foram os produtos que tiveram interrupção", afirmou Augusto Cesar Rocha, coordenador de logística do CIEAM.

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