Número de moradores endividados em São Paulo cai para 21,8% em janeiro
Atualmente, cerca de 32% da renda das famílias é direcionada para pagamento de débitos
As famílias paulistanas começaram o ano de 2024 menos inadimplentes. Segundo balanço realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o porcentual de lares com contas atrasadas na cidade passou de 22,7%, em dezembro de 2023, para 21,8%, em janeiro deste ano.
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Apesar da queda, o comprometimento dos rendimentos domésticos com dívidas ficou mais preocupante. Em média, um terço (32%) da renda das famílias é direcionado para pagamentos de dívidas - maior índice da série histórica, iniciada em 2010. Os outros dois terços do salário são destinados para aluguel, alimentação e remédios.
No intervalo de um ano, o número de famílias de renda baixa (até 10 salários mínimos) inadimplentes foi o que mais caiu, passando de 30,7%, em janeiro do ano passado, para 25,7%, este ano. Na direção contrária, lares de rendas superiores apareceram mais na lista de inadimplência, passando de 10,5% para 11,8%.
Dentre os principais tipos de dívidas, a fatura do cartão de crédito (85,5%) lidera o ranking, seguida do crédito pessoal (15%) e do cheque especial (6,2%).
Mesmo com uma parcela maior da renda comprometida com contas, a FecomercioSP aponta que as famílias estão mais confiantes em consumir: a intenção de ir às compras cresceu novamente, agora em 0,4%, atingindo 113,7 pontos - maior patamar desde abril de 2014. O cenário é influenciado pelo aumento da renda e melhora na condição do emprego.