Empresários do Rio Grande do Sul podem pedir financiamento a partir desta terça-feira (11)
O crédito de R$ 15 bilhões será liberado para financiar compra de máquinas, reconstrução das sedes das empresas e capital de giro
Empresários gaúchos, de 95 municípios do estado que tiveram a calamidade pública reconhecida, poderão procurar bancos a partir desta terça-feira (11) para conseguir acesso ao crédito de R$ 15 bilhões anunciado pelo BNDES – o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
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Empresas de pequeno, médio e grande porte, produtores rurais, transportadores de cargas e empresários individuais poderão solicitar o empréstimo. São três linhas de financiamento, com juros que variam entre 0,6% e 0,9%:
- compra de máquinas e equipamentos – o valor máximo que poderá ser liberado é de R$ 300 milhões com um ano de carência, e até cinco anos para pagar o financiamento a taxa de juro é de 0,6% ao mês;
- investimento e reconstrução – o valor máximo que poderá ser liberado é o mesmo só que o prazo para pagar a dívida é de 10 anos e o tempo de carência de 2 anos.
- capital de giro – neste caso – o máximo que poderá ser liberado serão R$ 400 milhões, com taxa de 0,9% ao mês, cinco anos para pagar e um ano de carência.
O BNDES anunciou que oito bancos que atuam no RS estão prontos para começar a análise de crédito, são eles: Bradesco, Banrisul, Safra, Badesul, Cresol, Sicredi e BRDE.
As empresas que conseguirem a aprovação do financiamento serão orientadas a recomeçar suas atividades em outro ponto em áreas consideradas seguras, no entanto, elas não poderão retomar a atividade em outros estados.
Nos próximos dias, outras instituições devem começar a receber as propostas. O banco confirmou que o dinheiro deve ser liberado já na conta dos empreendedores a partir do dia 21 deste mês.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, fez o apelo para que os empresários procurem os gerentes dos bancos com quem eles já negociam, porque isso facilita a aprovação das propostas com pedido de crédito.
Nas estimativas do governo, existem 35 mil CNPJs (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) em áreas que tiveram algum tipo de dano de enchentes. Além da possibilidade do empréstimo com juros reduzidos, o grupo também vai receber o benefício de dois salários mínimos.