Consignado para CLT: Distrito Federal tem a maior média de empréstimos no Brasil
O valor médio chega a R$ 9.809,75 e supera a média nacional, de R$ 6.209,65

Gabriela Tunes
O Distrito Federal é a Unidade da Federação com maior média de valor dos empréstimos concretizados no novo consignado do Crédito do Trabalhador, disponível por meio da Carteira de Trabalho Digital. Dados do Governo Federal mostram que o total emprestado ultrapassa R$ 112 milhões, com valor médio por empréstimo de R$ 9.809,75 e parcelas e prazo de pagamento médios de R$ 489,45 e 20 meses. A média de valor emprestado no país é de R$ 6,2 mil.
O estado com o valor médio mais baixo é a Paraíba, com R$ 5.248,92, seguido do Ceará (R$ 5.254,45) e do Rio de Janeiro ( R$ 5.268,74).
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Na capital do país, já foram 11,4 mil contratos negociados entre 21 de março e 3 de abril. Além disso, 11.423 trabalhadores contrataram o novo consignado, que oferece taxas de juros mais baixas ao permitir maior competição entre as instituições financeiras. Em todo o país, mais de 532 mil empréstimos já somam R$ 3,3 bilhões. Atualmente, o Brasil conta com mais de 47 milhões de trabalhadores assalariados com carteira assinada.
Estados
São Paulo e Rio de Janeiro lideram a adesão ao novo consignado do Crédito do Trabalhador. São Paulo concentra a maior parte das liberações, com 131.306 trabalhadores beneficiados e um total de R$ 848,7 milhões concedidos. O valor médio dos empréstimos no estado é de R$ 6.446,90. No Rio de Janeiro, 51.124 trabalhadores contrataram o consignado.
Regiões
A região Sudeste é a que mais negociou contratos por meio do Crédito do Trabalhador até agora, com 234.863 empréstimos fechados por 234.130 trabalhadores, num volume de crédito de R$ 1,44 bilhão. Em seguida aparecem Nordeste (111.081 empréstimos), Sul (88.174 empréstimos), Centro-Oeste (49.303) e Norte (49.170).
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Sobre o Crédito do Trabalhador
A Medida Provisória que criou o Crédito do Trabalhador foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 12 de março. Na ocasião, o presidente enfatizou que a intenção não é endividar brasileiros mas, sim, gerar oportunidades, tirar os mais vulneráveis dos juros caros, promover inclusão produtiva e gerar qualidade de vida.
Para obter o crédito, as instituições financeiras consideram fatores como tempo de trabalho, salário e as garantias oferecidas pelo trabalhador na solicitação do empréstimo. O trabalhador pode utilizar até 10% do saldo do FGTS ou 100% da multa rescisória como garantia, mas também tem a opção de não oferecer nenhuma garantia. Com base nesses critérios, os bancos avaliam o risco e definem a liberação do crédito. Além disso, o valor das parcelas não pode ultrapassar 35% da renda mensal do trabalhador.
O Crédito do Trabalhador está disponível exclusivamente na Carteira de Trabalho Digital. A partir de 25 de abril, todas as instituições financeiras poderão oferecer essa linha de crédito por meio de suas plataformas digitais. A modalidade atende empregados domésticos, trabalhadores rurais e funcionários de microempreendedores individuais (MEI), desde que não possuam outro empréstimo consignado vinculado ao mesmo vínculo empregatício.