"Brasil está preparado para intempéries comerciais", diz Fávaro após tarifa da China
Ministro da Agricultura ressalta abertura de novos mercados para compensar limite imposto por Pequim


Eduardo Gayer
Após a China anunciar nesta quarta-feira (31) restrições para a importação de carne bovina, medida que atinge diretamente o Brasil, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o País está preparado para enfrentar "intempéries comerciais".
Para proteger o agronegócio local, Pequim estabeleceu cotas de importação de carne bovina a todos os países do globo. A do Brasil ficou em 1,106 milhão de toneladas em 2026. O que exceder esse volume pagará uma taxa de 55%. A medida vale a partir desta quinta-feira, 1º de janeiro.
"De modo geral não é algo tão preocupante, porque nós trabalhamos muito para a ampliação dos mercados, neste governo do presidente Lula", declarou o ministro à coluna, apostando que a parte da exportação à China será absorvida por outros mercados.
Fávaro ressaltou que a tarifa não é exclusiva ao Brasil e que o limite de vendas sem taxas é "mais ou menos o que o Brasil está exportando hoje".
De acordo com o ministro, a partir de agora haverá negociações com a China. Uma demanda será a possibilidade de o Brasil assumir cotas de países que não atinjam o limite de exportação. "A relação Brasil-China nunca teve tão boa e assim vai continuar", afirmou.









